A empresa norte-americana Brandt – especializada em fertilizantes especiais foliares – continua suas estratégias para expandir o trabalho no Brasil. A multinacional, que ano passado adquiriu controle acionário da Target Brasil Fertilizantes, que tem sede administrativa em Londrina e fábrica em Olímpia (SP), pretende realizar novas aquisições em território nacional a partir do ano que vem.
Nesta segunda-feira, o presidente da Brandt Brasil, Wladimir Chaga, esteve na redação da FOLHA, juntamente com o diretor de marketing, Antonio Coutinho, e explicou brevemente o planejamento estratégico da empresa para 2017. Chaga é um do fundadores da Target, no município, há oito anos. Uma curiosidade é que a fábrica não se instalou em Londrina e partiu para Olímpia por "falta de interesse da prefeitura" na época.
O representante da Brandt no País disse que 2016 foi um momento de organizar o crescimento, ampliando a fábrica, adquirindo laboratórios e melhorando o controle de qualidade dos produtos, agora com padrão internacional. "Tivemos um ano bom. A agricultura passa por crescimento constante e consolidado nos últimos anos. Estamos aproveitando isso e buscando acessar novos mercados. As oportunidades são imensas, temos tecnologia, produtos diferenciados e capacidade de expansão no globo".
A partir de agora, a fábrica de Olímpia passa a ser base de exportação para a América Latina e, quem sabe, para o México em médio prazo. Hoje, o mercado de nutrição vegetal gira em torno de US$ 3 bilhões e tem um grande potencial de crescimento. "Com as grandes empresas de fertilizantes entrando no segmento, isso é muito bom para o setor, que acaba se profissionalizando. Muitos agricultores já utilizaram fertilizantes foliares uma vez ou outra, mas existe uma janela de oportunidade imensa, o que falta é um "approach" técnico mais profissional".
Para 2017, a expectativa é que a fábrica dobre a produção e adquira novas empresas para expandir o mercado. "Agora já se conhece melhor o mercado e a intenção é comprar mais uma ou duas empresas ao longo de 2017. Não temos nada desenhado ainda, mas existe a sinalização que iremos ao mercado para fazer novas aquisições, ou por tecnologia ou geografia, comprando empresas que têm bom posicionamento em mercados em alguns estados ou que possuem produtos diferenciados que podem agregar ao nosso portfólio". Até dezembro, o faturamento global da Brandt deve fechar em US$ 550 milhões, crescimento em torno de 12% em comparação ao ano passado.