A indústria de carne bovina nacional registrou aumento nas exportações em setembro, tanto em volume como em faturamento, na comparação com agosto. Com 119,9 mil toneladas de carne embarcada e receita de US$ 486 milhões no mês passado, o crescimento havia sido de 5% no volume e de 4% em valores, conforme a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC).
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, os embarques de carne bovina registram um crescimento de 8% no volume embarcado em relação ao mesmo período do ano passado, com mais 1,080 milhão de toneladas e faturamento de US$ 4,187 bilhões.
A carne in natura ainda é a categoria de produtos mais exportada. No mês de setembro, o faturamento foi de US$ 388 milhões, com embarque de mais de 93 mil toneladas e um aumento de 11% na receita e de 13% em volume, comparado com mês de agosto.
Já na primeira semana de outubro, houve queda de 5,9% na média diária dos embarques in natura em relação a setembro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações brasileiras somaram 20,8 mil toneladas, uma média diária de 4,2 mil toneladas, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O faturamento foi de US$ 87,9 milhões.
O volume embarcado diariamente caiu 5,9% neste mês ante setembro e 19,4% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Scot Consultoria, caso o ritmo se mantenha até o fim do mês fechará em 84,0 mil toneladas, queda em relação aos 93 mil exportado em setembro deste ano.
O presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Alberto Pessina, afirma que parte do problema se deve ao fato de a maioria dos mercados importadores de carne brasileira depender da receita do petróleo, como Venezuela, Rússia e outras nações do Oriente Médio. "A cotação do petróleo caiu muito nos últimos meses e estamos esperando a abertura de mercados menos dependentes e que o valor da commodity volte a reagir, o que também deve ocorrer", diz. (F.G.)