A chegada dos óculos conectados Google Glass às lojas não aconteceu no Brasil (nem em qualquer outro lugar), mas eles já foram "lançados" por aqui - com preço de R$ 6,5 mil - por uma empresa de São Paulo. A GoGlass, localizada em São Paulo, também iniciou o aluguel do aparelho há cerca de 15 dias, segundo o fundador, Carlos Magno Vivaldi, 55.
A Google, porém, diz não ter "nada a ver com a iniciativa". "O Google Glass ainda não foi lançado para o público geral, e só é vendido nos EUA dentro do programa Explorer", declarou a representação do Google no Brasil.
O Glass ainda não foi homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e segue em fase de testes. Qualquer equipamento que emita radiofrequência deve ser certificado e homologado pela Anatel. A multa para o descumprimento dessa norma varia entre R$ 100 a R$ 3 milhões. Mesmo quem usa um produto não certificado pode ser multado e ter o equipamento apreendido.
Vivaldi diz ter comprado os aparelhos nos EUA usados, e que não há qualquer barreira legal. "Pegamos toda a documentação possível, inclusive pagamos as taxas de importação para ter tudo em ordem", diz.
Naquele país, qualquer pessoa que aceite os termos de uso (que incluem o compromisso de não fazer revenda comercial) pode comprar o dispositivo, por meio do programa que o Google chama de Explorer. Lá, ele sai por US$ 1,5 mil (cerca de R$ 3,3 mil).
A GoGlass aluga o óculos por R$ 250 o dia. Vivaldi, que garante que entregaria hoje um Glass a quem tiver o dinheiro para comprá-lo, diz no entanto dar preferência atualmente ao negócio da locação, já que a demanda pelo aparelho é muito grande. A empresa, segundo ele, vai abrir a venda quando o produto tiver chegado às lojas nos EUA. A empresa também está promovendo um sorteio de uma unidade.