O produtor paranaense João Rodrigues de Oliveira Netto, do Sítio Santo Antônio, afirma que lucra até 100% com a criação de frangos caipiras da raça índio gigante. Como os animais consomem capim, verduras e legumes, além de ração, ele estimou em R$ 10 a R$ 15 os gastos com o animal em 90 dias. Com 2,5 quilos, o animal costuma ser vendido por R$ 30 na região de Ribeirão do Pinhal, no Norte Pioneiro. "O custo muda conforme o preço da ração, mas é uma ave rústica. Dá para usar abóbora, couve ou outros alimentos de fácil acesso em uma propriedade rural", diz.
Ele mantém de 200 a 300 pintinhos e frangos em 600 metros quadrados, separados em piquetes. Ainda, mantém um galo para cinco galinhas em seis divisões de 15 metros quadrados. "Deixo 100 pintinhos que crescem fechados e, depois de um mês, passam para a pastagem e só voltam à casinha para dormir", diz.
Oliveira Netto se formou em fisioterapia e trabalha na área, mas não abandonou a criação. Isso porque chega a tirar R$ 2 mil ao mês, o que garantiu toda a receita dele durante a faculdade e hoje representa um ótimo complemento no fim do mês. "É uma criação que exige muito pouco trabalho, uma hora por dia para tratar dos animais e limpar o galinheiro", conta.

Outras fontes
O produtor paranaense também comercializava aves reprodutoras e chegou a vender um galo da raça por R$ 200, quatro vezes mais do que o preço que encontra para caipiras comuns. Porém, precisou deixar o mercado devido à faculdade. No entanto, usa as aves de maior porte para a produção de pintinhos e vende 80 a 120 deles ao mês. (F.G.)