No acumulado dos 12 meses, Londrina registra um saldo negativo de 2,50% nas contratações com carteira assinada
No acumulado dos 12 meses, Londrina registra um saldo negativo de 2,50% nas contratações com carteira assinada | Foto: Anderson Coelho



O comércio foi o setor que mais fechou vagas em Londrina no mês de março, de acordo com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O varejo perdeu 239 vagas, seguido pelo setor de serviço (-120) e indústria de transformação (-16).

A retração do emprego foi de 0,32% em março. No acumulado dos 12 meses, Londrina registra um saldo negativo de 2,50%. De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Cláudio Tedeschi, apesar do saldo negativo do comércio, os números mostram um início de recuperação. "É um volume razoável, que mostra uma desaceleração do desemprego", disse.

O presidente comentou que a retomada do crescimento demora a chegar nos setores de comércio e serviço. "A retomada começa pela indústria e depois chega nos setores secundários e terciários. Ainda estamos passando por uma recuperação, que poderia ser acelerada com o avanço das reformas (previdenciária e trabalhista)", afirmou Tedeschi.

O Paraná teve um desempenho positivo com a criação de 1.126 novas vagas. O saldo foi puxado pela indústria de transformação que teve variação de 1.926 vagas em março. O pior desempenho foi do comércio (-1.227), seguido pela construção civil (-445).

Imagem ilustrativa da imagem Comércio registra retração de postos de trabalho



NO PAÍS
O Brasil perdeu 63.624 vagas formais de emprego. No trimestre, o Brasil registra fechamento líquido de 64.378 empregos. Em março do ano passado, o saldo foi negativo em 118.776 vagas. No mês passado, o resultado havia sido positivo em 35.612 vagas formais de emprego.

Março apresentou uma variação negativa de -0,17% em relação ao estoque do mês anterior. Foram registradas 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamentos. Nos últimos 12 meses, houve a redução de 1.090.429 postos de trabalho, correspondendo a uma retração de -2,77% no total de empregados com carteira assinada do país.

"Os dados de março do Caged mostram que fatores sazonais e conjunturais influenciaram negativamente o mercado de trabalho. O governo esperava uma trajetória ascendente, positiva, no número de vagas formais de trabalho, em razão do bom desempenho verificado em fevereiro, mas os resultados gerais foram negativos. Se não foi possível aumentar o número de postos de trabalho no mês, pelo menos indicadores apontam uma diminuição significativa no ritmo de redução do emprego", explica Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho.

O comércio foi o setor que mais apresentou retração, com -33.909 postos, seguido do setor de Serviços (-17.086 postos), Construção Civil (-9.059 postos), Indústria de Transformação (-3.499 postos) e Agricultura (-3.471 postos). Apesar das quedas, a Administração Pública apresentou desempenho positivo (+4.574 postos), com expressiva participação do Estado de São Paulo (+2.756).

Apesar da redução geral, alguns estados registraram bom desempenho. O maior saldo positivo de março foi apresentado pelo estado do Rio Grande do Sul (+5.236 postos), puxado pelos setores da Indústria de Transformação (+5.214 postos) e do Comércio (+1.454 postos), seguido de Goiás (+4.304 postos), devido à expansão do setor da Agropecuária (+2.449 postos).