Caminhoneiros, que estão em greve desde quarta-feira (25), voltaram a se manifestar na manhã desta terça-feira (31) e bloquearam sete rodovias do Paraná. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), os manifestantes estão retendo apenas os caminhões que não estão carregados com carga viva ou perecíveis. Veículos pequenos, ônibus, ambulância e carros oficiais estão sendo liberados.

As rodovias bloqueadas nesta manhã foram a PR-182, nos trechos de Toledo e Realeza; PR-082, km 226, sentido Cianorte a Terra Boa; PR-323, km 303, sentido Umuarama a Cruzeiro do Oeste; PR-180 km 437, em Dois Vizinhos e PR-471 km 222 (Nova Prata do Iguaçu). Por volta das 9h, mais uma rodovia foi bloqueada pelos manifestantes. A PR-151, foi interditada no km 288 nos dois sentidos entre Piraí e Castro. As pistas só devem ser liberadas às 17h. A PR-466 na região de Pitanga continua interditada no trecho entre o km 177 e 180. Segundo a PRE, o bloqueio na PR-323 Km 303 está previsto até às 18h.

Conforme o presidente do sindicato dos caminhoneiros de Quedas do Iguaçu, também está previsto manifestação na PR-473 km 4, no município de Três Barras do Paraná.

Os bloqueios estão causando lentidão no tráfego das estradas e filas de caminhões nos acostamentos. Na PR-471. km 222, em Nova Prata do Iguaçu a fila é de cerca de 70 caminhões e chega a 1,5 quilômetros. Já no km 458 da PR-182, em Realeza, 350 caminhões estão parados em 7 km de fila. Todos os pátios dos postos de combustíveis próximos estão lotados.

No final da manhã de hoje, a PRE deu apoio para que 150 caminhoneiros saíssem do bloqueio na PRC-466, do km 177 a 180. Os organizadores do protesto liberaram a saída dos condutores que não queriam permanecer no movimento. Apenas 100 caminhoneiros permaneceram na manifestação.

Os caminhoneiros estão realizando manifestações em todo o país. Eles lutam por mudanças na aplicação da lei 9.612/2012, que trata da jornada de trabalho da categoria.

De acordo com a categoria, o cumprimento da nova legislação, que obriga o caminhoneiro a parar o veículo e descansar meia hora a cada quatro horas rodadas, tornaria o trabalho mais inseguro para os caminhoneiros porque as estradas não têm infra-estrutura para abrigar em segurança os motoristas dos caminhões. Além disso, paradas de caminhões em acostamentos aumentariam o risco de acidentes, deixando os condutores expostos a assaltos.

A categoria ainda protesta pela redução dos valores dos fretes, pedágios e combustível.

(Atualizada às 13h07)