O número de parcelamentos de reajustes, escalonamento de índices e abonos salariais aumentou no primeiro semestre deste ano, segundo o balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As medidas são mais comuns justamente em períodos de inflação alta ou de crise.
Nos primeiros seis meses deste ano foram 74,3% de acordos para reajuste integral, 25,3% para parcelados e 0,3%, sem aumento. "O parcelamento ocorreu em menos de 8% das negociações no primeiro semestre de 2015, aumentou para 23,8% no segundo e agora foi para 25%", diz o supervisor técnico do Dieese no Paraná, Sandro Silva.
Ele afirma que o parcelamento pode prever abonos em algumas oportunidades ou mesmo perdas, mas que o Dieese não analisa se uma coisa depende da outra. Entretanto, cita também o aumento do número de reajustes escalonados, que é quando patamares superiores de salário apresentam aumentos menores do que o piso, por exemplo. O indicador foi usado em 19,7% das vezes em 2014, em 21,4% em 2015 e em 33,6% nos primeiros seis meses de 2016. "Isso tem mais a ver com a inflação alta", explica Silva. (F.G.)