São Paulo - A Apple revelou, nesta terça-feira (12), três novos celulares: o iPhone 8, 8 Plus e o iPhone X. O último se pronuncia, em inglês, iPhone "ten" ("dez") - como o algarismo romano. O iPhone X é uma edição comemorativa de dez anos desde o lançamento do primeiro iPhone, em 2007. Tim Cook, atual presidente da Apple, disse que o objetivo é que esse aparelho seja "o padrão de tecnologia para a próxima década", como foi o original.

No visual, os três dispositivos vêm cobertos de vidro ("o mais resistente de todos os tempos", segundo a empresa), dispensando a cobertura de alumínio que vinha sendo usada nos iPhones. O evento deu ênfase às novas câmeras com inteligência artificial, capazes de reconhecer padrões de rostos, paisagens ou animais, e o carregamento sem fio de todos os dispositivos (Apple Watch, Air Pods e iPhone).

Nenhum dos dois recursos é inédito. O iPhone 7 e 7 Plus já eram compatíveis com carregamento sem fio, e o Samsung Galaxy já adota uma tecnologia semelhante nas câmeras desde o S6. A Apple aposta em tornar o reconhecimento facial o padrão para desbloquear celulares. No evento de lançamento, a empresa afirmou que a chance de fraude na impressão digital é de 1 para 50 mil, enquanto, no reconhecimento de rostos da Apple, seria de 1 em 1 milhão.

A Apple instalou um processador com dois núcleos no iPhone X só para implementar o reconhecimento facial. A maior novidade no iPhone 8, 8 Plus e iPhone X é a potência de seus processadores. O A11 Bionic terá seis núcleos, enquanto os antecessores tinham apenas quatro.

Embora os concorrentes Android ofereçam processadores de oito núcleos, o A10 da Apple era o chip mais rápido do mercado, e o A11 deve manter essa posição.
No evento desta terça, a Apple afirmou que o A11 Bionic é 25% mais rápido que o A10.

A memória RAM também aumentou, de 2 GB para 3 GB. Há concorrentes Android que chegam até 6 GB, mas os celulares não precisam de tanta memória, especialmente porque o novo iPhone conta com um processador gráfico (GPU). A bateria do iPhone X deve durar duas horas a mais que as do iPhone 7.

NOVA SEDE
O evento de lançamento do novo celular aconteceu na nova sede da Apple, o Apple Park, em Cupertino (Califórnia, EUA), inaugurado em abril de 2017.
Considerado o último projeto de Steve Jobs, a sede custou US$ 5 bilhões, segundo a "Wired", e demorou oito anos para ser construída. Ela deve abrigar 2.000 funcionários quando a mudança estiver completa, no fim deste ano.