Brasília - O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agroindustrial cresceu 1,64% no primeiro quadrimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, registrando a menor expansão entre os diversos segmentos do agronegócio. O setor de distribuição cresceu 2,28% e o de insumos 3,29%. Os dados são do estudo elaborado pela CNA e o Cepea/Esalq/USP.
Segundo a pesquisa, a indústria processadora de produtos agrícolas cresceu 1,03% em abril e acumulou ganho de 1,75% no primeiro quadrimestre. No caso das indústrias de proteínas animais houve crescimento de 0,55% no mês e aumento de 0,91% no acumulado dos primeiros quatro meses deste ano.
Os técnicos explicam que a performance positiva da indústria agrícola esteve condicionada ao crescimento das indústrias de madeira e mobiliário, papel e celulose, elementos químicos (etanol) e beneficiamento de produtos vegetais. Segundo eles, no caso da indústria do etanol a expectativa de forte aumento anual na produção (29%) explica o resultado da atividade no período, "uma vez que, em termos de preços, o cenário ainda é de queda".
No caso da indústria de óleos vegetais, o estudo aponta crescimento de 0,22% no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo período de 2012, apesar do ritmo de queda nos últimos meses. "Nesta atividade, o maior patamar de preços se sobrepôs à baixa no volume, impedindo que houvesse queda no faturamento", dizem os técnicos. O estudo aponta queda nas demais indústrias. A estimativa é de retração de 1,78% na indústria têxtil e de 4,08% na de vestuário, em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. A queda de preços provocou retração de 0,19% no faturamento da indústria do café e de 8,03% na de açúcar.
Segundo o estudo, no segmento de proteínas animais a indústria de laticínios se manteve na dianteira no setor e foi a única a registrar crescimento tanto no mês (1,35%) quanto no quadrimestre (4,01%). Os técnicos observam que o preço médio real da indústria de laticínios cresceu 5,71% e em termos de volume a expansão foi de 6,44%.
Os técnicos comentam que após a queda registrada no primeiro trimestre do ano as indústrias de calçados e abate de animais voltaram a crescer em abril (respectivamente 0,20% e 0,22%). (V.F./A.E.)