Imagem ilustrativa da imagem Alef Manga, ex-Coritiba, recebe punição da FIFA por envolvimento em esquema de apostas
| Foto: Michal Jarmoluk por Pixabay

A Operação Penalidade Máxima investigou uma série de jogos no Brasil, com suspeita de manipulação de resultados. Alguns casos foram comprovados, inclusive, com o envolvimento de jogadores, como Alef Manga, do Coritiba.

Com a investigação ficou claro que muitas casas de apostas com bônus crescem no país e alguns grupos acabam tirando proveito desse momento, com atos criminosos para tentar comprar atletas e tirar dinheiro das empresas.

Mesmo sendo o destaque do Coritiba, após toda a situação e suspensão, Alef Manga foi emprestado ao Pafos, do Chipre. Porém, a FIFA tornou a punição mundial, então o atacante está punido por 360 do futebol em todo o mundo, não apenas no Brasil.

O caso Alef Manga

Alef Manga foi acusado de aceitar receber um cartão amarelo no Campeonato Brasileiro de 2022. Na ocasião, o jogo era válido pela 25ª rodada, diante do América Mineiro.

A quadrilha ofereceu R$ 45 mil pelo cartão. Com capturas de tela e áudios como prova, o Ministério Público de Goiás acusou o jogador na Operação Penalidade Máxima e o próprio atleta assumiu, confessando o crime com a quadrilha.

Como punição, foi suspenso por 360 dias e recebeu R$ 30 mil de multa, mas após revisão o valor subiu para R$ 50 mil. Com contrato até o final de 2024 com o Coritiba, foi emprestado ao futebol Cipriano, mas a nova punição no nível Mundial impede que o mesmo atue, então o contrato foi rescindido com o Pafos, mas segue suspenso com o Coxa.

Como foi a Operação Penalidade Máxima?

A Operação Penalidade Máxima começou no Ministério Público de Goiás, que investigou diversas partidas do futebol brasileiro, desde Campeonatos Estaduais, divisões inferiores do Brasileirão, até a elite, a Série A.

Foi constatado o envolvimento de diversos atletas, a maioria recebendo valores para receber cartões durante as partidas. Com isso, os golpistas apostavam no feito nas casas de apostas e, consequentemente, ganhavam valores das empresas. Vale destacar que essa situação é totalmente prejudicial para as casas de apostas, já que as mesmas perdiam altos valores em cada jogo comprado pela quadrilha.

Após a divulgação do escândalo, diversos jogadores fizeram acordos com o Ministério Público, como Kevin Lomónaco, do Red Bull Bragantino e Moraes, do Atlético Goianiense.

Diversos jogadores também foram procurados pela quadrilha, mas recusaram se envolver. Um deles é o zagueiro Rafael Vaz, ex-jogador do Vasco e Flamengo, atualmente no São Bernardo, na disputa da Série C.

Além de Alef Manga, um dos atletas que mais resultou em repercussão foi Eduardo Bauermann, ex-Santos e hoje no Alanyaspor, da Turquia. Ele aceitou receber o cartão, mas não cumpriu com o combinado e foi ameaçado diversas vezes, sendo obrigado a devolver valores recebidos e o investimento dos golpistas.

Punido com 12 jogos pelo STJD, rescindiu com o Peixe e foi jogar na Turquia. Porém, em seguida ele teve alteração na pena e pegou 360 dias, além de multa de R$ 35 mil. Com a atualização para validade mundial, não pode estrear até que o prazo termine.

Atualmente, as investigações do Ministério Público de Goiás seguem e a Operação Penalidade Máxima está em nova fase.