Números divulgados pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) nesta semana mostram que Londrina lidera as notificações de dengue no Paraná, com 1.393 casos suspeitos. Na sequência, aparecem Maringá (730) e Paranaguá (482).

Em matéria publicada nessa quarta-feira (13) na FOLHA, a Secretaria Municipal de Saúde argumenta que a quantidade de notificações reflete o quanto as equipes estão trabalhando na cidade. Conforme a Secretaria, neste ano o município teve 34 casos confirmados de dengue, enquanto que em 2016 foram 5.400 no mesmo período.

A redução dos números relacionados à dengue é positiva, mas a preocupação é que os cuidados para controlar o Aedes aegypti também diminuam e os índices voltem a crescer, o que é comum com a chegada do verão e das férias.

Por enquanto, não houve confirmação de casos da doença no Litoral paranaense, segundo a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, e as equipes seguem em estado de alerta. As autoridades de saúde reforçam que os turistas que viajarem até o Litoral devem assumir a responsabilidade de eliminar os focos do mosquito transmissor.

A preocupação envolve as outras doenças também transmitidas pelo Aedes aegypti. Desde agosto, o Paraná teve a confirmação de quatro casos de chikungunya (um em Umuarama, um em Paranavaí e um em Rio Bom) e nenhum caso de zika, apesar de 80 pessoas terem apresentado suspeita da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, neste ano os índices da dengue estão mais baixos em todo o País. Até 2 de setembro, houve redução de 84% nas notificações dos casos prováveis em relação ao mesmo período de 2016. As mortes também diminuíram 87% e os registros de dengue grave e com sinais de alarme caíram 79,2% e 77,7%, respectivamente.

No entanto, isso não pode ser motivo para o descuido da população. As pessoas que viajam devem reforçar os cuidados no local onde passam as férias e não deixar objetos que possam acumular água em seu quintal, além de designar alguém responsável para verificar a casa no período em que ficar fora. Este é um cuidado básico – e de todos.