O mercado de produtos orgânicos vem ganhando destaque no Brasil. Independentemente de estatísticas, é possível perceber um movimento crescente de produtores se organizando para certificar a sua produção e de consumidores interessados em se alimentar de forma mais saudável.
Reportagem publicada no último final de semana na Folha de Londrina mostra que a região de Londrina já tem 30 propriedades com certificação para produzir orgânicos e outras 30 em processo de conquista do selo do Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos (PPCO), o único sistema público do País a capacitar produtores e certificar a produção de alimentos orgânicos.
Alternativa interessante principalmente para pequenos produtores, a agricultura sustentável traz à tona também novas formas de comércio. No município, por exemplo, produtores se conectam aos consumidores via WhatsApp e entregam cestas semanais no endereço do cliente. Outra forma são as feiras de orgânicos que surgem de forma espontânea pela cidade.
São meios de aproximar produção e consumidores finais, oferecendo preços mais acessíveis do que os praticados no mercado formal. Ainda que algumas pesquisas mostrem que o consumidor está disposto a pagar mais caro por produtos livres de agrotóxico, sabemos que esta não é a realidade da maioria.
A maior parte da população ainda escolhe pelo preço mais baixo o que vai comer, levando para a casa - muitas vezes sem ter o mínimo conhecimento – hortifrútis com níveis altíssimos de veneno.
No Paraná, a Resolução nº 748/2014 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) prevê que frutas e verduras in natura apresentadas ao consumidor tenham rótulo contendo todas as informações necessárias para garantir a rastreabilidade de origem dos produtos desde a produção até chegar aos pontos de venda.
Enquanto os orgânicos não são realidade na mesa da maioria, optar por produtos rotulados e cobrar isso nos pontos de venda são formas de os consumidores ajudarem na promoção da segurança alimentar.