O que é preciso para Londrina incorporar em seu desenvolvimento os conceitos de uma cidade inteligente? Essa é uma das perguntas que o Fórum Desenvolve Londrina procura responder por meio do caderno "Londrina. Cidades Inteligentes – Conceitos, Planos e Ações", resultado de um ano inteiro de discussões em torno do tema e que foi lançado na quinta-feira (14). O material, que traz a contribuição de 21 palestrantes brasileiros e estrangeiros, está sendo entregue para autoridades e lideranças. Um dos problemas identificados pelo fórum é a falta de um planejamento estratégico de médio e longo prazos para o município. As cidades inteligentes têm a visão de que é necessário seguir um plano, crescendo ordenadamente, antecipando o futuro e se preparando para ele. E, principalmente, que as etapas desse planejamento estratégico resistam às mudanças de governos. O momento atual é bastante oportuno para discutir o planejamento de uma Londrina inteligente hoje e amanhã. É uma boa hora porque, com a retomada da economia, as notícias voltaram a ser positivas. Segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Londrina avançou no ranking das maiores economias brasileiras. Subiu uma posição, está no 47º lugar e é a única localidade fora da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) entre os 50 municípios com maior participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional. O Estado tem oito cidades entre as 100 maiores economias municipais: Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Araucária, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel. É a importância do Paraná crescendo na economia brasileira. No caso de Londrina, muito ainda pode ser feito para consolidar essa posição e iniciativas como a do fórum ajudam a desvendar caminhos e soluções. A FOLHA procura discutir e dar visibilidade a essas propostas e ações. Na reportagem especial deste fim de semana (16 e 17), o jornal mostra que a ampliação da banda larga no Brasil tem impacto sobre o PIB dos municípios e sobre outros indicadores, como a taxa de crescimento da massa salarial, do imposto sobre a produção, além de impactar setores de serviço e administração pública. Ou seja, melhorar o acesso à internet e à informação é um bom negócio.