O crowdfunding, ou o financiamento coletivo, passou a ser praticado em 2005, nos Estados Unidos. No Brasil, ganhou projeção a partir de 2011 e, de lá para cá, foi ganhando escala. Tanto que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) editou recentemente a Instrução Normativa 588 estabelecendo regras para a modalidade tratada como crowdfunding equity ou de investimento. O objetivo do órgão é dar segurança jurídica aos participantes dessa modalidade, popularmente conhecida como "vaquinha virtual". O financiamento coletivo vem sendo usado principalmente por startups na arrecadação de recursos para desenvolverem produtos inovadores. O consumidor decide apoiar a ideia para ver o projeto sair do papel. Após 12 anos de vida, o crowdfunding começa a aumentar de tamanho e ganhar nova roupagem. O exemplo vem de Curitiba, onde uma cervejaria está usando a plataforma e pedindo ajuda dos clientes para a construção de uma nova sede. A participação é por meio da compra de camisetas, bonés e luminosos da marca, ou mesmo comprando cotas do projeto. Depois, os apoiadores da campanha da cervejaria poderão ser transformados em acionistas. O crowdfunding é uma plataforma inovadora e vem alcançando um público invejável graças ao poder da internet. As redes sociais deram uma força incrível. É a economia colaborativa ajudando a movimentar as engrenagens que movem empresas de tamanhos diferentes. Se o mundo está se transformando rapidamente, no setor econômico não poderia ser diferente, com ideias inovadoras impactando sobre o sistema tradicional de financiamento. Vale considerar também que a modalidade reflete a forte tendência dos novos tempos, em que o consumidor, os seus desejos e seus hábitos ganham muito poder.