Em se tratando de emprego, qual é o maior desafio para o Brasil? Criar vagas suficientes para acolher os desempregados e os jovens que ingressam no mercado de trabalho ou se preparar para um futuro que se desenha com uma nova relação de trabalho. O país tem 13 milhões de pessoas consideradas desocupadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e o professor José Guilherme Silva Vieira, da UFPR (Universidade Federal do Paraná) acredita que este número seria até maior se a metodologia usada pelo IBGE considerasse como desempregadas as pessoas que fazem qualquer tipo de "bico". Vieira e os consultores Bernt Entschev e Wellington Moreira fizeram uma análise sobre o tema em reportagem publicada nesta segunda-feira (25) pela Folha de Londrina. Entschev vê um caminho para o problema, já que seria impossível zerar a conta do desemprego a curto prazo: as pessoas terão que inventar novas formas de trabalhar. E nessa nova forma de trabalhar, uma excelente alternativa é empreender. A crise econômica tirou o emprego de muita gente, principalmente nos dois últimos anos, tanto de trabalhadores mais humildes como de executivos com altos salários. Nem todos os diretores ou superintendentes que ganhavam entre R$ 20 mil e R$ 50 mil por mês conseguirão uma recolocação no mesmo nível de rendimentos. São exemplos de pessoas que terão que se reinventar, encontrar outros caminhos, provavelmente abrindo um negócio próprio ou se preparando para prestarem serviços a empresas como autônomas. É certo que, a partir de agora, muitos terão que inventar seu próprio trabalho. Diante desse cenário que se apresenta como certo, o que as escolas, universidades, entidades e os próprios trabalhadores estão fazendo para se preparar? A tecnologia, essa nova revolução industrial, já está substituindo funções do dia a dia. E os avanços tecnológicos e científicos acontecem a uma velocidade vertiginosa, inovando, mudando as regras do jogo, impactando e quebrando paradigmas. Tudo está sujeito a revisão, incluindo as relações de trabalho.