Moeda americana cai para R$ 3,1262
A fraqueza do dólar no exterior continuou a pressionar a moeda americana ante o real nesta quinta-feira (20), que foi influenciada ainda pela entrada de fluxo de estrangeiros e exportadore. Outros fatores contribuíram para o movimento vendedor. Além da deflação do IPCA-15 e a perspectiva de que o Banco Central cortará a Selic em 1 ponto porcentual na próxima semana, esteve no radar dos investidores o aumento de impostos. No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 0,70%, aos R$ 3,1272. O giro financeiro somou US$ 1,25 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1262 (-0,73%) e, na máxima, aos R$ 3,1561 (+0,21%).

Perpectiva é que divisa poderá cair ainda mais
O dólar renovou mínimas ante o real diversas vezes nesta tarde em meio a uma entrada de fluxo de exportadores diante da perspectiva de que o dólar poderá cair mais. "Os exportadores estão entrando para garantir os negócios antes que o dólar caia mais", disse um gerente de mesa de derivativos. Para o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, existe uma parcela do mercado acreditando que o governo cumprirá a meta fiscal deste ano. A Fazenda confirmou que o governo irá aumentar as alíquotas do PIS/Cofins sobre os combustíveis e anunciou que haverá contingenciamento adicional de R$ 5,9 bilhões no orçamento de 2017.

Bolsa com viés negativo
A queda dos preços das commodities derrubou as ações da Vale e da Petrobras e foi determinante para o viés negativo do Índice Bovespa. O indicador chegou a subir 0,50% pela manhã, mas sucumbiu diante do desempenho negativo dessas blue chips, terminando o dia em queda de 0,37%, aos 64.938,01 pontos. As ações da Vale fecharam com perdas de 3,95% (ON) e de 3,71% (PNA). Pela manhã, a Vale divulgou seu relatório de produção do segundo trimestre de 2017, no qual apontou que foram produzidas 91,849 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 5,8% ante o mesmo intervalo do ano anterior. O Ibovespa passa a acumular queda de 0,76% na semana e alta de 3,24% em julho.

Juros futuros seguem em queda firme
Os juros futuros de curto e médio prazos fecharam a sessão regular em queda firme e os vencimentos longos, perto da estabilidade. A deflação de 0,18% do IPCA-15 de julho, no piso das estimativas, praticamente consolidou a aposta de redução da Selic em 1 ponto porcentual pelo Copom (Comitê de Política Monetária), que se reúne na próxima semana. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (237.870 contratos) fechou na mínima, com taxa de 8,525%, de 8,600% no ajuste de quarta-feira, 19, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2019 (343.315 contratos) caiu de 8,42% para 8,34%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (263.840 contratos) encerrou a 9,47%, de 9,48% na véspera.