DI para janeiro de 2018 ficou em 10,485%
As expectativas em torno da Selic movimentaram o mercado de juros nesta terça-feira, 21, véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), e as taxas fecharam em baixa ao longo de toda a curva a termo. Ao final da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 tinha taxa de 10,485%, de 10,535% no ajuste de segunda-feira. O DI janeiro de 2019 terminou com taxa abaixo de dois dígitos, em 9,99%, de 10,05% no último ajuste. A taxa do DI janeiro de 2021 recuou de 10,26% para 10,21%. O recuo das taxas se deu mesmo com o dólar em alta durante o dia.

Ibovespa termina em maior nível desde abril de 2011
O bom humor continuou a dar o tom dos negócios com ações e levou o Índice Bovespa a uma alta de 0,76%, aos 69 052,02 pontos - maior nível desde 7 de abril de 2011. O apetite do investidor foi encorajado por fatores internos, como a expectativa de queda de juros, e por razões externas, como o bom desempenho das bolsas da Europa e dos EUA. O volume de negócios somou R$ 8,5 bilhões. O Ibovespa começou a testar os 69 mil pontos ainda pela manhã, mas foi contido pelas ações da Vale, que cederam a um movimento de realização de lucros. Outros papéis, no entanto, foram embalados pela expectativa de que nesta quarta-feira o Banco Central corte a taxa Selic.

Ações da Vale caem após otimismo da véspera
As ações da Vale e da Bradespar foram o contraponto do otimismo na bolsa, um dia após a notícia do acordo de acionistas. Bradespar PN (acionista da Vale), que na véspera havia disparado 16,62%, recuou 2,07%. Vale ON e PNA, que haviam subido mais de 6% na segunda-feira, desta vez recuaram 2,44% e 1,49%, respectivamente. A consolidação do Ibovespa no patamar dos 69 mil pontos aconteceu somente nos ajustes finais do pregão. Entre as maiores altas do índice, destaque para Cemig PN (+5,73%), Ecorodovias ON (+4,73%), Weg ON (+3,55%) e Brasil Malls ON (+3,50%). No setor financeiro, Bradesco ON (+3,03%), Bradesco PN (+2,81%) e Santander unit (+2,59%) foram as altas mais significativas.

Dólar à vista fecha em R$ 3,0942: alta de 0,18%
O dólar operou em leve alta durante quase toda a sessão nesta terça-feira. Chegou a virar muito brevemente para o negativo no meio da tarde, mas depois voltou a subir. Operadores comentam que não existiram drivers claros, mas no exterior prevaleceu uma tendência de valorização da divisa norte-americana. O dólar à vista no balcão fechou em alta de 0,18%, a R$ 3,0942, depois de ter oscilado entre a mínima de R$ 3,0877 (-0,03%) e a máxima de R$ 3,1085 (+0,64%). O giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa foi de US$ 1,627 bilhão. No mercado futuro, o dólar para março fechou em alta de 0,23%, a R$ 3,1000. O volume financeiro somou US$ 13,6 bilhões.