Mercado teme discurso da premiê britânica
O dólar acelerou a alta no final da sessão desta segunda-feira, 16, e encerrou aos R$ 3,2421 (+0,76%) no mercado à vista. O movimento foi atribuído por especialistas à busca por proteção antes de importantes eventos internacionais nos próximos dias, a começar nesta terça pelo discurso da premiê britânica, Theresa May.
A preocupação é de que a primeira-ministra adote uma postura mais dura na separação com a União Europeia, resultando numa ruptura mais bruta entre as partes. A mídia britânica já apontou que Theresa May aumentará a pressão para deixar o bloco econômico em troca de um controle maior da política de imigração.

Início da gestão Trump é maior fonte de incertezas
Por aqui, o dólar à vista fechou aos R$ 3,2421 (+0,76%), nível mais elevado desde 3 de janeiro, quando marcou R$ 3,2615. Além disso, o valor no fim do dia ficou levemente aquém da máxima, de R$ 3,2423 (+0,77%).
O marco principal da semana e maior fonte de incertezas para o mercado, entretanto, só ocorre na sexta-feira, com o início do governo de Donald Trump. A campanha eleitoral do republicano foi marcada por promessas de investimentos em infraestrutura, aumento do protecionismo comercial e acirramento da disputa com a China. No entanto, mesmo com a entrevista coletiva na semana passada, Trump ainda não deixou claro como fará o país acelerar seu crescimento econômico.

Feriado nos EUA reduz movimentação na Bovespa
A Bovespa teve um pregão marcado pelo volume de negócios reduzido nesta segunda-feira, 16, devido ao feriado nos Estados Unidos. O feriado manteve as bolsas americanas fechadas e uma boa parcela de investidores estrangeiros de fora dos negócios no Brasil. O Índice Bovespa alternou altas e baixas e terminou o dia aos 63.831,27 pontos, com ganho de 0,28%. O volume financeiro foi de R$ 7,22 bilhões, inflado pelos R$ 2,99 bilhões movimentados no exercício de opções sobre ações.
O noticiário escasso colocou as atenções do mercado nos eventos dos próximos dias, como a divulgação da ata do Copom, os dois discursos da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, e a posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

Taxas de juros encerram sessão com viés de baixa
Os juros futuros encerraram com viés de baixa a sessão regular desta segunda-feira, 16. O feriado nos Estados Unidos e o fraco noticiário doméstico e internacional privaram a renda de fixa de novos vetores para movimentos mais fortes. No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2018 marcou 11,025% ante 11,060% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2019 fechou a 10,48% ante 10,53% no último ajuste. O DI para janeiro de 2021 encerrou a sessão regular a 10,76% ante 10,80% no ajuste da última sessão.