Ibovespa
desceu

Juros
subiu

Mau humor
A Bovespa deu continuidade ontem ao movimento de realização de lucros iniciado ontem e fechou em queda, acompanhando o pessimismo nos mercados acionários internacionais e a persistente desvalorização do petróleo. Logo no começo do dia, os investidores já foram frustrados pelo pacote de estímulo econômico do Japão, que veio aquém do esperado. Mas o mau humor se consolidou de vez no início da tarde, quando os contratos futuros do petróleo, que antes tentavam uma recuperação, firmaram-se em território negativo, ampliando as perdas para a casa dos 2% em Nova York.

Pregão
Por aqui, apesar do sinal negativo, o Ibovespa ainda conseguiu se sustentar no patamar dos 56 mil pontos, graças ao bom desempenho de Itaú Unibanco PN. O Ibovespa terminou o pregão em queda de 1,05%, aos 56.162,37 pontos, acumulando perdas de 2% desde anteontem. No meio da tarde, quando os contratos futuros de petróleo ampliavam a trajetória de queda, o Ibovespa marcou mínima aos 55.696 pontos (-1,87%). Já durante a primeira metade dos negócios, a bolsa ficou instável e conseguiu subir apenas 0,38% na máxima, aos 56.974 pontos. O giro financeiro somou R$ 7,10 bilhões. No ano, a bolsa acumula valorização de 29,56%.

Recursos externos
Só no mês de julho os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 4,614 bilhões na Bovespa, segundo dados divulgados ontem pela BM&FBovespa. No acumulado de 2016, a bolsa acumula superávit de R$ 17,255 bilhões em recursos externos. Entre as blue chips, as ações da Petrobras terminaram em direções opostas, com as ON em queda de 1,29% e as PN, com valorização de 0,80%. No exterior, os contratos futuros de petróleo seguem em baixa. Alguns analistas apontam que, em meio ao excesso de oferta e aumento da produção, as refinarias poderiam reduzir as encomendas de petróleo bruto e afetar ainda mais a demanda pela commodity.

Dólar
O dólar operou em baixa frente ao real durante praticamente toda a terça-feira, alinhado à tendência majoritária de enfraquecimento da moeda americana no mercado internacional. Depois de ter caído até os R$ 3,2383 (-0,95%), a divisa negociada no mercado à vista mostrou alguma recuperação e fechou aos R$ 3,2595, em baixa de 0,30%.

Taxas de juros
Os juros futuros de médio e longo prazos encerraram a sessão regular da BM&FBovespa em alta, enquanto os curtos ficaram perto da estabilidade ontem. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 fechou na mínima de 13,980%, de 13,975% no ajuste anterior, com 78.770 contratos. O DI janeiro de 2018 (110.695 contratos) encerrou em 12,82%, de 12,80% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 (136.745 contratos) avançou de 11,93% para 12,05%.

(Agência Estado)