Subiu
Ibovespa

Desceu
Dólar

Euforia
A Bovespa viveu um pregão de euforia ontem, reagindo a números positivos das economias da China e da zona do euro. Em alta consistente desde a abertura, o Ibovespa encerrou a sessão com ganho de 3,65%, aos 51.835,15 pontos, na maior alta porcentual desde 27 de julho do ano passado, quando subiu 4,72%.

Dia do Trabalho
Sem o referencial de Wall Street, onde o mercado esteve fechado por conta do feriado do Dia do Trabalho, o volume negociado foi limitado, o que facilitou a puxada da Bolsa paulista, seguindo seus pares na Europa. Na máxima, o Ibovespa foi aos 51.976 pontos, com avanço de 3,93%. O giro financeiro somou R$ 5,843 bilhões.

Indústria chinesa
A reação da indústria chinesa beneficiou sobretudo os papéis da Vale e das siderúrgicas, mas o movimento de recuperação das ações do Ibovespa foi generalizado. Dos 73 papéis que compõem a carteira teórica do índice, apenas seis fecharam no negativo.

Blue chips
Entre as blue chips, as ações ON e PNA da Vale avançaram 3,49% e 2,96%, respectivamente, acompanhadas pelos papéis da Petrobras, que subiram 1,13% os ON e 0,83% os PN. As siderurgias, que representam uma boa fatia do índice, também ajudaram a sustentar os ganhos durante todo o dia. CSN apresentou alta de 5,34%, Usiminas PNA teve ganho de 2,33% e Gerdau PN subiu 3,09%.

Exagero
Os operadores são unânimes ao dizer que a alta da Bolsa ontem não passa de um exagero. "Certamente essa euforia de hoje (ontem) será corrigida no pregão de amanhã (hoje), quando Wall Street estará em operação. Os fundamentos não mudaram, não há motivo lógico para essa euforia", resumiu o analista de investimentos de uma corretora.

Destaque
Mas o destaque de alta do Ibovespa ontem foi OGX ON, que encerrou em alta de 33,33%, após o tombo de 40% no pregão de sexta-feira. Depois da petroleira de Eike Batista, outras ações que lideraram os ganhos do índice ontem foram LLX ON (+13,29%), Oi ON (8,95%), Brookfield ON (+7,65%) e B2W ON (+7,13%).

Queda
Entre as poucas ações que registraram queda ontem, o destaque ficou por conta de Cteep PN (-3,60%) e JBS ON (-1,49%).

Câmbio
Após a alta de sexta-feira ante o real, o dólar à vista negociado no balcão oscilou em baixa durante toda a sessão de ontem, sob a influência do exterior e das atuações do Banco Central (BC). Os dados divulgados na China e na Europa, a expectativa de que o ataque à Síria não seja imediato e os leilões de swap do Banco Central brasileiro conduziram a queda da moeda americana no Brasil. O dólar à vista no balcão fechou em queda de 0,34%, cotado a R$ 2,3750.

Giro
Na mínima do dia, verificada às 10h42, a moeda atingiu R$ 2,3550 (-1,17%) e, na máxima, às 11h24, R$ 2,3760 (-0,29%). Com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a liquidez também foi menor, o que deixou a moeda à vista mais sensível a fluxos isolados. Às 16h45 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro total bastante modesto, de US$ 570 milhões, sendo US$ 543 milhões em D+2. No mercado futuro, o giro do dólar para outubro também era contido, de US$ 8,506 bilhões, e a moeda registrava baixa de 0,50%, a R$ 2,389.

Swap
O BC promoveu dois leilões de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o primeiro entre 9h30 e 9h40 e o segundo entre 10h30 e 10h40. Na primeira operação, que faz parte da estratégia de injeção diária de liquidez, a autoridade monetária vendeu 10 mil contratos (US$ 498,4 milhões), enquanto na segunda foram vendidos 20 mil contratos (US$ 992,7 milhões). No total, foram injetados US$ 1,491 bilhão no mercado futuro.

Juros
Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (49.870 contratos) marcava máxima de 9,28%, igual ao ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (56.085 contratos) indicava taxa de 10,51%, de 10,53% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (58.155 contratos) apontava máxima de 11,82%, também igual ao ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 515 contratos) estava em 12,14%, de 12,17% no ajuste anterior.
(Agência Estado)