Persiste a ameaça
Não bastasse a advertência do ministro Gilmar Mendes de um próximo exame no STF das prisões por longo tempo (como se isso não fosse a regra dominante nos presídios, afinal pacientemente tolerada, causa das explosões) da Lava Jato, várias ações - além das eleições na presidência da Câmara e do Senado - de alvos da operação e mais a designação de Moraes para ministro no posto de Teori Zavascki e ainda alterações no Ministério da Justiça, tudo indica uma carga final para fragilizar e, se possível, dar o bote no processo judicial.
Para tentar um sinal de distanciamento, o presidente Michel Temer afirmou categoricamente que quem for denunciado será provisoriamente afastado e quem for condenado será riscado do mapa numa tentativa de abrandar ações já deflagradas e restabelecer o lado magisterial de sua função. Nomeia-se um ministro crítico à ação do Ministério Público, caso do deputado federal Rodrigo Pacheco, especulação mais recente, derrotado amplamente como advogado nas demandas do mensalão, posicionado doutrinariamente contra inquérito policial fora da órbita dos delegados, tese, aliás derrotada, em meio às manifestações populares de 2013, com a Medida Provisória que visava justamente isso.
Dá para imaginar o cenário que vem aí: mudanças no comando da Procuradoria da República e da Polícia Federal, para reduzir sua ação ou, de qualquer forma, dificultando-a em nome da nova ordem e da prioridade um: enfrentar a crise econômica e superá-la, aí com aquele já conhecido "background|" patrioteiro, pois quem não adotá-la é contra o Brasil. Faltaria apenas revigorar a legislação dos tempos militares de fidelidade à pátria. O governo não está saudável em termos de ibope e de confiabilidade pública para esse papel, mas o raciocínio deles é dentro da "ilha" em que vive.
Outra coisa: a questão-chave é a fiscal que alcança três unidades federativas e o andamento das negociações do Rio mostra a aspereza da missão, e questões como essa são vitais para dar um mínimo de credibilidade aos esforços do ministro da Fazenda na chamada reversão das expectativas. Aliás, no caso do Rio, não surpreenderá se a Polícia Militar repetir a experiência dos colegas capixabas no enfrentamento do pacotão ao lado dos barnabés mobilizados e dispostos a tudo, numa resistência civil para ninguém botar defeito.

Surpresa
Em medida cautelar, firmada pelo conselheiro Ivan Bonilha, o Tribunal de Contas, por todo o acervo que detém em torno do assunto, desde a licitação mais a auditagem que se seguiu, decidiu pela suspensão do reajuste das tarifas do transporte. Uma das forças do cartel está na expressão de seus advogados especialistas em Direito Público e que seguraram no Judiciário todas as ações que visavam renovar a frota sob o fundamento do desequilíbrio contratual, fator-chave que respondeu agora pela exacerbação tarifária. Ninguém conhece mais o contrato do que Bonilha que, como procurador do Município, estruturou a licitação havida, alvo inclusive de questionamentos, desprezados recentemente pelo Ministério Público.

Macacos
Nada menos de 13 macacos foram encontrados mortos em área metropolitana de Curitiba, nos Campos Gerais e no Sudoeste. Aponta-se como causa possível a circunstância de ser uma das espécies mais vulneráveis à febre amarela em sua forma silvestre. Como sanitaristas desaconselham corrida à vacinação, há também o temor de que se pense em extinguir macacos por serem intermediários da zoonose. Em Maringá, por exemplo, é comum o convívio com esses primatas que desenvolvem superpopulação nos parques.

Encontro
Vereadores da capital pretendiam, ainda amanhã, um encontro com a direção da Urbs para saber dos mistérios que cercam o reajuste absurdo, ora colocado sob intervenção do Tribunal de Contas. Incrível nisso tudo o silêncio do prefeito Rafael Greca que achou tudo legal qualquer justificativa mais aprofundada.

Gaeco de novo
Uma quadrilha de policiais civis e militares que cobrava propina e liberava contrabandistas de cigarros do Paraguai acaba de ser denunciada pelo Gaeco.

Mais ataque
Novo ataque no Shopping Cidade a uma joalheria. Só que dessa vez dois ladrões foram presos.

Folclore
Otelo Queirolo, o Chic Chic, entrava em cena no Pavilhão Carlos Gomes carregando a cadela de pano "Violeta" a qual se dirigia pedindo que desse pulos. "Pula, Violeta, pula", e ele mesmo puxava a corda atada ao corpo do animal simulando os saltos. Mal chegando ao picadeiro, ouvia os xingamentos do público, chamando-o de careca, ao que ele respondia com movimentos labiais atacando a mãe de quem o hostilizava numa interação carregada de vaias e aplausos.