Transição
O grupo indicado pelo prefeito eleito Marcelo Belinati (PP) para a transição municipal se reuniu com membros da Controladoria da Prefeitura de Londrina e com dirigentes da Companhia de Habitação (Cohab). Por enquanto, os números permanecem em sigilo e ninguém comenta qual é a "real situação financeira" da administração. Nesta terça-feira, a reunião será na Secretaria Municipal de Recursos Humanos.

Punição inédita
Em decisão inédita no País, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná desaprovou, por unanimidade, as contas do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB (diretório estadual), por não ter destinado parte do repasse recebido para o programa de promoção e difusão de mulher na política. As contas são relativas ao exercício de 2014, determinando-se a suspensão de repasses do Fundo Partidário pelo período de dois meses, após o trânsito em julgado do processo. O PTB também foi intimado a recolher, ao Tesouro Nacional, em 60 dias, o valor de R$ 3.895,00. O relator do caso foi o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira. Cabe recurso.

‘Frio na cabeça’
Preso desde o último dia 19 na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem reclamado do frio da capital paranaense. Natural do Rio de Janeiro, Cunha disse ter sentido frio sobretudo na cabeça, marcada por uma calvície avançada. A temperatura mínima na madrugada em Curitiba foi de 12 graus. Na sexta (21) de manhã, advogados levaram uma touca de lã e um boné para o ex-deputado.

Papel higiênico
Na quinta (20), o ex-deputado recebeu dos advogados alimentos, como macarrão instantâneo e uma garrafa de 2 litros de refrigerante. Ele também pediu que seus defensores levassem papel higiênico para não precisar usar o da carceragem, de qualidade inferior. Na sexta (21) pela manhã, Cunha recebeu a visita de Cláudia Cruz, sua mulher.

‘PF usa método fascista’
Em seu primeiro pronunciamento público após a Operação Métis, realizada no Senado na semana passada, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez duras críticas ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e disse que a Polícia Federal utiliza "métodos fascistas" por ordem de um "juizeco de primeira instância". Bastante irritado, ele atacou também o que considerou "excessos" da Lava Jato. "É inacreditável que uma pinimba de agentes defina uma crise institucional", afirmou Renan, em alusão à delação de um policial legislativo que deu origem a ação que culminou com a prisão de quatro agentes do Senado.

‘Chefete de polícia’
Acompanhado dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), além do deputado Paulinho da Força (SD-SP), Renan disse, nessa segunda-feira (24), que o Senado ingressará com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para "fixar as competências dos poderes". No texto, o presidente do Senado citará o episódio envolvendo a busca e apreensão realizada no apartamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a condução coercitiva do ex-presidente Lula e os áudios vazados de conversa entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff. Renan criticou o "espetáculo inusitado com participação do ministro do governo federal que não tem se portado como ministro de Estado, mas como chefete de polícia". Para Renan, a Operação Métis, da última sexta-feira (21), teve objetivo de "constranger e intimidar". "Tenho ódio e nojo de comportamentos fascistas. Como presidente do Senado, cabe a mim repelir", afirmou.

Missão secreta para Sarney
O servidor responsável pela denúncia que desencadeou a ação da Polícia Federal no Senado na última sexta (21) afirma que a polícia legislativa realizou uma missão "secreta" no escritório de José Sarney (PMDB-AL), de acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo". Paulo Igor Bosco da Silva, policial legislativo, disse ao jornal que uma "ordem de missão oculta", sem numeração, determinou a realização de uma operação para encontrar eventuais grampos e escutas no escritório do ex-senador em julho de 2015. O advogado de Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou ao jornal que o peemedebista não lembra de varredura em seu escritório.

Foro privilegiado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, afirmou que o foro por prerrogativa de função - conhecido como foro privilegiado - deveria ser reduzido a menos cargos, mas que não significa impunidade. "A prerrogativa de foro como está hoje inclui muitas pessoas. Poderia reduzir, mas isso cabe ao legislador", afirmou durante palestra ontem em São Paulo. O foro privilegiado garante que ministros de Estado, deputados federais e senadores, por exemplo, sejam julgados diretamente pelo Supremo. "A vantagem ou desvantagem de ser julgado diretamente pelo STF é relativo", disse o ministro, lembrando que, no julgamento do mensalão, "ninguém mais queria ser julgado pelo Supremo, todo mundo queria ir para a primeira instância".