Despedida 1
Na que deve ter sido a penúltima sessão ordinária da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná em 2013, alguns parlamentares já discursaram em tom de despedida. O deputado estadual Ney Leprevost (PSD) subiu à tribuna para agradecer aos colegas por terem "contribuído com seus projetos e opiniões" e à imprensa pelas "críticas construtivas" publicadas ao longo do ano.

Despedida 2
A cantora Mara Lima (PSDB) seguiu na mesma linha, afirmando que teve a oportunidade de adquirir experiência e de aprender mais sobre o Legislativo. "Foi um ano abençoado, em que conseguimos conquistar muitas vitórias", disse. Antes da sessão de ontem, ela e os demais parlamentares da chamada bancada evangélica da Casa promoveram um culto de ação de graças em alusão ao fim do ano.

Geni
Ao relembrar seu primeiro mandato na AL, o deputado estadual Alceu Maron Filho (PSDB) chamou o Legislativo de "a Geni da grande mídia", em referência à música "Geni e o Zepelim", de Chico Buarque. "Somos criticados, mas procuramos dispensar o melhor trabalho possível à população paranaense." Conforme o regimento interno da AL, a legislatura se encerra no dia 22 de dezembro, no entanto, o plenário costuma se reunir de segunda a quarta-feira. O presidente Valdir Rossoni (PSDB) já declarou que, havendo necessidade, serão marcadas extraordinárias até que se encerrem os trabalhos previstos para a semana.

Caso Banestado
O doleiro Paulo Roberto Krug, investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) no caso Banestado e com atuação na região de Curitiba, foi preso no dia 3 de dezembro e passa a cumprir sua pena de 4 anos, 9 meses e 18 dias em regime semi-aberto. Como observou o juiz do caso, Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, "ao contrário do conhecimento vulgar sobre a matéria, o regime semiaberto constitui prisão e a saída temporária, inclusive para trabalho e estudo, só é permitida após o cumprimento de pelo menos um sexto da pena".

Acusação em 2004
O doleiro foi acusado pelo MPF em 2004 pela realização de uma série de operações ilegais feitas no mercado de câmbio paralelo, conhecidas como "dólar-cabo", por meio de uma conta mantida no exterior em nome de uma empresa offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a Tallmann Finance Corporation. Em razão dessas operações, ele foi condenado pela prática de uma série de crimes contra o sistema financeiro nacional. Esse caso ocorreu no berço da investigação e processamento criminal de doleiros no Brasil, inaugurados pela atuação da Força Tarefa CC5 do caso Banestado, uma equipe formada de procuradores da República e delegados de Polícia Federal.

Longo processo judicial
Embora a sentença condenando o doleiro tenha sido proferida em 2005, o fim do processo só aconteceu agora, após um longo processo judicial em que foi reconhecido, pelo Superior Tribunal de Justiça, "abuso do direito de recorrer". Este é mais um caso que traz à tona a ineficiência do sistema de justiça criminal brasileiro, o qual permite que o réu ofereça uma série de medidas protelatórias.

Desapareceu
O desaparecimento de equipamentos eletrônicos que deveriam atender crianças e adolescentes em situação de risco levou o Tribunal de Contas (TC) do Paraná a reprovar a prestação de contas de transferência entre o Fundo Estadual para a Infância e Adolescência e o município de Adrianópolis (Região Metropolitana de Curitiba), referente ao exercício 2007/2009. Pelas irregularidades, o ex-prefeito Osmar Maia foi condenado a devolver R$ 11.577,00, além de pagar multa de R$ 2.763,70. Com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,667 em 2010, Adrianópolis é considerado um dos municípios mais carentes do Paraná.

‘Extraviados’
Por meio do acordo firmado com o órgão estadual, a Prefeitura de Adrianópolis adquiriu os equipamentos que, segundo defesa apresentada pelo ex-prefeito, foram "extraviados" após invasão do depósito no qual estavam guardados. Na ação, desapareceram seis computadores, um aparelho de televisão, um de DVD, três ventiladores e um no-break. Cópia da decisão do TC será encaminhada ao Ministério Público estadual. Da decisão, cabe recurso.

Selos vetados
O Senado proibiu ontem a compra de selos pelos senadores com recursos da cota postal. A medida ocorre após a imprensa revelar que senadores usaram R$ 2 milhões da cota com a compra de 1,4 milhão de selos nos primeiros meses do ano, embora as cartas sejam seladas por meio de uma máquina que imprime um carimbo no envelope e não com o papel. A justificativa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é que a medida atende a política de austeridade da Casa.

Moeda corrente
Um relatório de auditoria do Senado concluiu que houve falhas nos mecanismos de controle de cotas. O setor recomendou à cúpula da Casa a proibição expressa de compra de selos postais, mediante os critérios anteriores de selos postais. O selo é considerado moeda corrente. É fácil vender para qualquer empresa que faça uso dos serviços dos Correios. Cada selo tem um valor, a depender do peso da correspondência. O preço de envio de uma carta comercial varia de R$ 1,20 a R$ 6,40.