Viva o vinho: vamos celebrar!



O universo do vinho é fantástico. E surpreendente. Mais que uma bebida saudável, se consumida moderadamente, o vinho faz bem à alma, ao espírito. Por isso, é tão sublime e divino. Consumido quase desde que o homem é homem e intrinsecamente relacionado à espiritualidade das civilizações. As civilizações grega e romana, por exemplo, tinham deuses específicos para o vinho: Dionísio e Baco, respectivamente.

E não por acaso o catolicismo se fundamenta justamente na espiritualidade do vinho. Afinal, Cristo escolheu a bebida para eternizar o seu sangue no meio dos homens. "Tomando o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: "Bebei dele todos; porque este é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão de pecados. Mas digo-vos que desta hora em diante não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber novo convosco no reino de meu Pai" (Mateus 26, 27-29).

É divino porque é alegre. Porque nos faz celebrar a vida, celebrar os momentos felizes, celebrar as conquistas. Porque nos leva ao encontro com Deus, por meio das reflexões filosóficas, da elevação à alma, da compreensão e da confraternização que o vinho provoca ao reunir as pessoas em torno dele. Passear pelo universo do vinho é mais que conhecer as características técnicas da bebida. Isso se faz bebendo vinho.

Mas embarcar numa viagem pela experiência do vinho significa entender e compreender as peculiaridades que a bebida nos traz. Coisa que, muitas vezes, nenhuma outra bebida provoca. Por isso, neste fim de ano, vamos celebrar: com os amigos, com os familiares, com as pessoas que amamos! E viva o vinho!

CACO BRAILE é agente de turismo em Londrina

Não nos esqueçamos do personagem principal



Neste arsenal de ferramentas tecnológicas, neste bombardeio de instrumentos inovadores, uma frase que não sai da minha cabeça e que resume os desafios do nosso tempo: "A tecnologia que você vai usar o ano que vem ainda não foi descoberta".

Esta velocidade alucinante de transformações, esta dependência, diria, doentia do uso de facilidades tecnológicas que vão se acumulando conosco através do aparelho que antes era apenas um telefone celular, vão ocupando o espaço de tantas coisas que é preciso bom senso para não nos distanciarmos de valores que continuam sendo essenciais.

Não podemos perder o foco no humano, este corre à margem de toda evolução tecnológica e científica, citando meu amigo Paulo Briguet, que em sua coluna nos ensina.

Nosso objetivo é criar em Londrina uma cultura que realize todas as possibilidades emancipadoras do ser humano, uma cultura que nas palavras do filósofo Olavo de Carvalho, seja o "conjunto de instituições, formas e símbolos portadores de verdades universais".

Dom Alvano Cavalin comparava: a humanidade é um barco com dois remos, um para cada lado, remando na direção de sua saga civilizatória, de um lado a ciência e, do outro, a religião (a metafísica), sendo que ambos se ajustam em sincronia rumo ao devir. O que me faz lembrar de outra frase preciosa: "Não há como não ser conservador no que é eterno".

Portanto, estas próximas semanas – evidentemente não apenas elas, mas especialmente elas – são apropriadas para as reflexões que deveriam permear a cultura natalina.

Como estamos sendo vistos por aqueles que mais estimamos? Somos respeitosos como deveríamos ser? Somos generosos naqueles momentos nos quais alguém precisa desesperadamente que a gente seja? Somos solidários o suficientes para aliviar a dor que lateja ao lado? Estamos enfrentando com coragem nossas fraquezas? Conseguimos nos desapegar de tudo o que é irrelevante para nossa elevação espiritual?

O verdadeiro legado do Menino Jesus se apresenta quando algo sublime se move dentro de nós.

Um abençoado Natal e um grande Ano Novo para todos!

CLAUDIO TEDESCHI é presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina

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