O que as manifestações de rua ainda podem fazer pelo Brasil

O lema do nosso manifesto, Reformas Já, cairia muito bem nas mãos da multidão

Não há como contestar a importância da mobilização popular no enfrentamento à corrupção institucionalizada e no fim de um projeto político irresponsável, que ao longo de 13 anos degradou as contas públicas e nos arremessou na maior crise econômica em décadas.

O impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff foi, sobretudo, uma conquista popular e uma lição de cidadania. Funcionou como um aviso aos espertalhões de plantão: quando as ruas são tomadas espontaneamente e as reivindicações são expressas com eloquência, os "invencíveis" se fragilizam e saem de cena. Desde então, a garra popular arrefeceu e o clamor por mudanças, em alguma medida, adormeceu, o que nos parece um desperdício e um risco. A politização é o alimento das boas práticas na esfera pública e quanto mais ela fica evidente, mais avançamos no fortalecimento dos mecanismos de controle e no amadurecimento democrático.

Mas o que levaria os brasileiros às ruas de novo depois de uma batalha política tão dura e tão recente? Os movimentos que usam a internet têm procurado esta resposta e a modesta mobilização do último domingo Brasil afora parece deixar esta questão ainda mais oportuna.

Entendemos que a pauta extensa e dispersa não seduziu o grande público porque ela tem pouca conexão com o corolário de uma recessão severa, que embora esteja aparentemente nos estertores, ainda aflige a grande maioria das famílias. Destaco em especial o desemprego, uma soma trágica de 13 milhões de histórias vividas à base do desamparo e da falta de esperança. Este é o grupo de brasileiros que mais devemos observar nestes tempos difíceis.

Foi movida por esta convicção que a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) elaborou em conjunto com outras forças da sociedade civil o Manifesto Empresarial, com 12 propostas de reforma do Estado e que impactariam diretamente na dinâmica econômica. Uma vez adotadas, as propostas dariam uma nova perspectiva ao setor produtivo e aos trabalhadores, principalmente os que hoje estão completamente ociosos ou sobrevivendo em atividades informais.

Estas são as pobres vítimas de um Estado pesado e ineficiente, que sangra o empresariado na escalada fiscal sem oferecer um serviço público de qualidade como contrapartida. Como diz o doutor em economia Paulo Rabello de Castro, no extraordinário "O mito do governo grátis": "Nos últimos anos, o tamanho do Estado brasileiro dobrou, empurrando a carga tributária a um patamar insuportável, ao fazer da nação um dublê de selva burocrática e de manicômio tributário".

As reformas – política, previdenciária, trabalhista e tributária – são instrumentos essenciais para vivermos um novo ciclo de desenvolvimento e de geração de empregos com carteira assinada, desta feita de maneira mais sustentável. O apoio à agenda reformista é, portanto, o resultado de um olhar holístico sobre nossa sociedade, a busca por um equilíbrio na balança de sacrifícios onde estão o governo e a iniciativa privada.

Os atos públicos ainda têm muito que fazer pelo Brasil neste momento de inflexão que vai decidindo o que o futuro nos reserva. O lema do nosso manifesto, Reformas Já, cairia muito bem nas mãos da multidão. Com pressão popular, o trâmite parlamentar destas propostas – hoje tão sobressaltado - ganharia celeridade e efetividade. Amigos, acreditem: este é o caminho para o bem de todos os brasileiros.

CLAUDIO TEDESCHI é presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina


Por que se preocupar com a Internet das Coisas?

A Internet das Coisas (IoT) tem evoluído com ampla variedade de sistemas inteligentes, aplicações móveis, dispositivos de comunicação pessoal e outras plataformas que já estão interconectadas. A consultoria IDC projeta que haverá 30 bilhões de coisas conectadas até 2020. E parafraseando a revista Forbes ao definir a IoT, "se algo puder ser conectado à Internet, é apenas uma questão de tempo até que efetivamente seja."

Nesta seara digital que virou o mundo, os auditores internos precisam saber surfar nesta onda virtual e serem observadores mais aguçados de todas as mudanças tecnológicas que possam potencialmente afetar a empresa e todo o perfil de risco envolvido. Mas, você pergunta: Por que, especificamente, a auditoria interna deveria prestar muita atenção a um conceito tecnológico, como a de IoT? Simples, a Internet das Coisas representa tanto um novo desafio às empresas, quanto uma importante oportunidade para que auditores internos ajudem suas companhias a lidarem com a "curva de disrupção" e encararem o desafio de forma confiante e com segurança.

Em tal papel, a auditoria interna deve se tornar uma promotora das oportunidades da IoT à empresa avaliando ao mesmo tempo os riscos que ela pode representar, como também, ajudar a explorar este modelo. Na prática, os auditores internos precisam focar na criação de valor desta solução, se tornando facilitadores da mudança positiva e das melhores práticas internas relativas a esse novo risco.

Levar a liderança de pensamento em consideração, reunir-se com pares de outras organizações para avaliar sua exposição à IoT e facilitar discussões relativas à IoT com a administração sênior e o conselho administrativo são apenas algumas maneiras das quais os auditores internos poderão ajudar a empresa a desenvolver uma abordagem eficaz na gestão de riscos.

Com sua adoção em larga escala, a IoT poderá criar novas vulnerabilidades, geralmente inesperadas, onde não havia nenhuma antes. As empresas ou indústrias que dependerem muito das informações produzidas por dispositivos da IoT precisarão prestar mais atenção do que outras à disponibilidade da IoT.

Trazendo para o campo prático do mundo da Internet das Coisas, o uso da biometria poderá transformar a gestão de identidades, por exemplo. E isso já acontece. As instituições financeiras oferecem aos usuários a capacidade de acessar seus sistemas através de impressões digitais e reconhecimento de voz ou facial. O TouchID, introduzido pela Apple, acrescenta recursos biométricos aos seus dispositivos móveis. Vários grandes bancos já estão usando a tecnologia para identificar os usuários das suas aplicações móveis.

Porém, para ter sucesso no mundo da IoT as organizações que desenvolverem e usarem aplicações ou dispositivos com este conceito deverão estar cientes de como os dados que estiverem coletando, analisando e compartilhando afetarão a privacidade dos usuários. Elas devem compreender todo o ciclo, da coleta até a retenção e divulgação destas informações que percorrem na web.

É preciso deixar claro que a emergência da IoT oferece uma visão geral das oportunidades e riscos de conceito às empresas, incluindo como poderá potencialmente ajudar as organizações a mitigarem os seus riscos. E o mais importante: o IoT apresenta várias questões que os auditores internos deveriam tentar responder em colaboração com a área de administração e os conselhos diretivos para que suas empresas estejam bem posicionadas a fim de tirarem proveito das tecnologias e capacidades de operar com assertividade a Internet de todas as coisas (Internetof Things).

Entretanto, para garantir que estejam cumprindo suas responsabilidades, os auditores internos devem avaliar não apenas os riscos representados pela IoT, mas também o risco de deixar de agir para tirar proveito da IoT, no contexto da empresa, dos seus concorrentes e da sua indústria. A hora é agora.

MARCO RIBEIRO é líder da prática de gestão de risco de TI


Conheça a si mesmo e vença cem batalhas

Apenas conhecendo a si mesmo o líder será capaz de conhecer os seus liderados e impulsionar os resultados da equipe

O líder conhece todo o processo da empresa, busca aprimorar os resultados, reduzir os custos com base no seu conhecimento e sempre esta atento as inovações do mercado para melhorar ainda mais os resultados e o que em muitas situações fica faltando é o líder conhecer a si mesmo.
O autoconhecimento é fundamental para que o líder saiba quais situações e/ou emoções são responsáveis por motivar ou limitar. E consecutivamente aprimorar os seus resultados e da equipe.

O autoconhecimento do líder acaba ampliando a sua capacidade de entendimento de quem ele é e em como ele pode atuar com a sua equipe. A partir do momento que ele se conhece e compreende a suas potencialidades ele passa a ter um novo olhar em relação a diversidade da equipe.

Sun Tzu em A arte da Guerra diz que "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisará temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas".

Podemos aplicar a citação do livro para a experiência que o líder vivência diariamente com a sua equipe apenas modificando a palavra inimigo e colocando no lugar a palavra equipe e vamos trabalhar cada trecho para que você saiba como é fundamental o autoconhecimento quando se é líder.

Se você conhece a sua equipe e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. O autoconhecimento do líder influencia para entender a importância de cada membro, avaliar as características individuais, entender como é possível aproveitar as potencialidade de cada pessoa aliadas com as potencialidades do líder e integrar toda o departamento para que seja possível atingir os melhores resultados ou como disse a citação ‘não temer o resultado de cem batalhas‘.

Se você se conhece mas não conhece sua equipe, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. O autoconhecimento do líder é fundamental, mas além disso é necessário conhecer a sua equipe e trabalhar a potencialidade de cada membro para que os resultados sejam satisfatórios para todos. As diferenças são fundamentais para que se tenha uma equipe que cada membro seja completar ao outro e juntos possam melhorar os resultados. Por isso é necessário que o líder conhece a si mesmo e conheça cada pessoa da sua equipe para não viver uma rotina e vitórias e fracassos.

Se você não conhece nem a equipe e nem a si mesmo, perderá todas as batalhas. Querido(a) líder se você não buscou se conhecer e nem conhecer a sua equipe nada dará certo. Quando você busca se autoconhecer acaba por ter um novo olhar para com o outro e isso faz com que as relações interpessoais melhorem e os resultados apareçam.

A partir do momento que o líder conhecer a si mesmo ele será capaz de entender sua equipe e compreenderá que as diferenças de cada pessoa são necessárias para a integração dos seus colaboradores e por mais que essas pessoas façam parte da equipe elas possuem objetivos diferentes por isso é fundamental que o líder saiba atuar no processo de integração e seja capaz de alinhar as estratégias.

Uma forma de trabalho a questão do autoconhecimento é por meio do processo de coaching que irá atuar com testes e assessments e ainda assim é necessário principalmente treinar suas próprias habilidades e comportamentos.

Ao se conhecer é possível desenvolver os pontos de melhoria dentro de si. Um dos exemplos é o líder que não trata os liderados de forma assertiva e isso tem impacto direto nos resultados da empresa isso é um problema tanto para a empresa como para o líder. Os liderados se mantém desmotivados e a partir do momento que ele muda sua postura é possível melhorar os resultados e beneficiar toda a equipe.

O autoconhecimento do líder poderá determinar se ele continuará com aquela equipe se desenvolvendo e atuando no desenvolvimento de todos. Ou se o líder será o próximo a ser demitido por não apresentar bons resultados e em certas situações ser responsável pela equipe que se encontra desmotivada e com baixos resultados.

Por isso vale reforçar a frase que criamos para explicar como é fundamental o autoconhecimento quando se é líder. "Se você conhece a equipe e conhece a si mesmo, não precisará temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece a equipe, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem a equipe e nem a si mesmo, perderá todas as batalhas".

JESSICA PIOVAN é psicóloga e coach no Instituto Itankale

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