Surpreendendo um total de zero pessoas, mal entrou na quarta rodada e a Série B já vive a tradicional dança das cadeiras dos treinadores. Atlético-GO, Ceará e Ponte Preta são os times que mudaram de comando até aqui, sendo que dessa relação apenas a Macaca o fez por decisão do próprio técnico.

Chamou a atenção a queda de Mozart no Atlético-GO após apenas sete partidas no cargo, incluindo a reta final do Campeonato Goiano, que o Dragão venceu, e a Copa do Brasil. Segundo a direção do clube, a decisão ocorreu porque o time pode render mais e não há tempo a perder. Uma clara demonstração de que o rubro-negro goiano, próximo adversário do Londrina, tem urgência em voltar à Série A, de onde foi rebaixado ano passado.

E por falar em primeira divisão, o Corinthians está que nem a prefeitura de Londrina tempinho atrás, quando teve quatro prefeitos num intervalo de três anos (2009 a 2012). Vanderlei Luxemburgo (que fase hein!) já é o quarto técnico do Timão na temporada.

É evidente que a lógica do resultado é a que prevalece no "planejamento" dos clubes brasileiros. Treinador tem prazo de validade. Só que o futebol nem sempre é coerente, como gosta de dizer o Tostão. Observando por exemplo o nosso quintal, a Série B, dos quatro clubes com os treinadores mais longevos no cargo, dois vivem situações extremas. O Criciúma, do Tencati, é o líder provisório após o empate com o Londrina, enquanto o ABC segura a lanterna, em 20º.

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Altos e baixos

O Londrina mostrou uma necessária evolução no empate de anteontem contra o bom Criciúma, depois da desastrosa atuação contra o Vitória, na sexta passada. O time criou chances e fez um jogo parelho contra o atual líder provisório, que vinha de três vitórias seguidas. Finalmente Diego Jardel, que sofreu o pênalti e perdeu a melhor chance para a virada no placar, começou como titular. A defesa continua inconsistente e ainda falta aquele 9 característico. Caio Mancha foi testado duas vezes na equipe. Mal pegou na bola em Salvador e foi discreto no Café, quando entrou só no segundo tempo. A torcida pegou no pé dele, mas acho que precisa ser mais acionado. Posta na balança, a campanha do Londrina até aqui é de altos (considerando os jogos em casa) e baixos (como visitante). Gallo vai ter um respiro para armar o time até o próximo jogo, jogo duro, segunda que vem (dia 8), contra o Atlético-GO, em Goiânia. Resta saber qual Londrina veremos.

O VAR E OS PÊNALTIS

O árbitro demorou uns três minutos pra conferir pelo VAR o pênalti em cima do Diego Jardel. É muito tempo, né? Aliás, dando uma olhada nos jogos da terceira rodada, três pênaltis que resultaram em gols também foram assinalados após consulta ao árbitro de vídeo.

VAI, NAPOLI

E o Napoli, hein? Meu time na Europa deixou escapar o título antecipado do Italiano, o primeiro pós-Maradona, no último domingo. Festa bonita dentro e fora do estádio Diego Armando Maradona, mas o gol de empate marcado pela Salernitana aos 38 minutos do segundo tempo "moiô o carvão", como dizem por aí. Não há de ser nada. O fim do jejum de 33 anos está próximo. São 18 pontos de vantagem para o vice-líder, a Lazio, faltando seis rodadas. A questão não é se o Napoli vai conquistar o terceiro "scudetto" da história, é quando. E pode ser já amanhã, contra a Udinese. Que lá de cima o eterno xará, o gênio que "inventou" esse clube e o levou ao topo da Itália pela última vez em 1990, inspire Zielinski, Osimhen e Kvaratskhelia (o Kvaradona para a apaixonada torcida napolitana). Boa semana.