Até juízes defendem fim da Justiça do Trabalho
A extinção da Justiça do Trabalho, elaborada na Câmara sob rigoroso sigilo, tem a aprovação de juízes e de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), diante do ativismo político e a sindicalização da magistratura. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), conhece a posição desses juízes. O projeto reage à articulação, na Justiça do Trabalho, para burlar a reforma trabalhista que vigora a partir do dia 11.

Relator, de novo
Se depender do presidente da Câmara, o relator do projeto que acaba a Justiça do Trabalho será o mesmo que relatou a reforma trabalhista.

Fã de carteirinha
O deputado Rodrigo Maia sempre elogiou o trabalho competente de Rogério Marinho (PSDB-RN) como relator da reforma trabalhista.

Cara demais
A Justiça do Trabalho custará R$ 22 bilhões em 2017, enquanto toda a Justiça Federal dos EUA não gastará mais do que R$ 21 bilhões.

Defesa no TST
O presidente do TST, ministro Ives Gandra Filho, já se manifestou em defesa da Justiça do Trabalho e discorda da sua extinção.

Sarney diz que ilhas à venda são ‘chantagem’
O ex-presidente José Sarney tomou um susto ao tomar conhecimento, nesta coluna, da decisão de um sobrinho de d. Marly de vender por R$ 37 milhões 12,5% de três ilhas no litoral de São Luís. Sarney disse que o parente da ex-primeira-dama pretende, na verdade, que a família compre a parte dele, correspondente a dois milhões de metros quadrados. "É uma espécie de chantagem", diz o ex-presidente.

Valor exagerado
O ex-presidente garante que o imóvel não vale os R$ 37 milhões. "Acho que por metade disso, o pessoal aqui vende as três ilhas", ironizou.

Parente problemático
Sarney diz que o sobrinho de d. Marly, Gustavo Macieira, "sempre foi problemático". E "ele pensa que temos dinheiro para comprar a área".

Herança de família
As ilhas Curupu, Mogijana e De Fora ou Corimã pertencem à família de d. Marly há várias gerações, desde a bisavó da ex-primeira-dama.

Bandido blindado
O governo da Itália confia que vai pôr as mãos no terrorista Cesare Battisti. O Supremo Tribunal Federal já autorizou sua extradição, em decisão ignorada por Lula, e agora o caso voltou à Corte, após a concessão de habeas corpus que blindou o bandido outra vez.

Jogo é jogo, treino...
Escolha do relator, dois dias de discussão na CCJ, votação favorável a Temer... Tudo isso não é nada, não é nada, não é nada mesmo: o que vai valer é a decisão do plenário da Câmara sobre a segunda denúncia.

Bom de pontaria
O resultado da votação na CCJ da Câmara, favorável ao presidente Michel Temer, confirmou a previsão do vice-líder do governo Darcísio Perondi (PMDB-RS), que previa entre 39 e 42 votos.

Aerolula é prejuízo
Ainda está fora de operação o Airbus 319, "AirForce 51", comprado por Lula em 2005 por US$ 57 milhões (R$ 360 milhões em valores atuais). A Força Aérea agora aluga um outro avião para o presidente.

Fundão, ninguém merece
O PSL (Social Liberal) foi o único partido que apelou ao Supremo Tribunal Federal contra a parte da reforma política que criou o "fundão eleitoral" de quase R$ 2 bilhões para financiar campanhas eleitorais.

Oportunismo eleitoral
O PDT se aboletou em mais de 300 cargos do governo do DF por três anos, mas decidiu se afastar do desgaste que ajudou a produzir, porque a eleição vem aí. Na maioria cara de pau, ainda pretende o apoio do PSB de Rodrigo Rollemberg à candidatura de Ciro Gomes.

Barnabé custa caro
As despesas de pessoal do governo federal nos primeiros oito meses do ano foram de R$ 23,1 bilhões. Tudo isso em salários, pensões e aposentadorias de funcionários públicos.

Secou, só que não
A Cia de Abastecimento de Brasília (Caesb) promete ir à Justiça contra os autores de boato de que a capital passaria a racionar água por dois dias consecutivos a cada semana. Um reservatório já chegou a 11%.

Pensando bem...
...custa um Geddel a parte das ilhas colocada à venda por um sobrinho da d. Marly, onde a família Sarney tem casas. E ainda sobraria.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Bombardeio aéreo
No governo José Sarney, o líder baiano Roberto Santos era o ministro da Saúde e o filho do então ministro da Aeronáutica era titular da Secretaria de Vigilância Sanitária. Os dois brigaram por causa de um caso de contaminação de sucos de frutas. Sobrou para o rapaz, sumariamente demitido. Mas reza a lenda política que ele se vingou, promovendo atos do mais genuíno terrorismo à brasileira: piloto de ultraleve, fazia voos rasantes sobre a casa de Santos, na Península dos Ministros, em Brasília. Megafone em punho, berrava:
- Vou jogar suco na sua piscina!

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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