Segunda denúncia terá menos votos que a primeira
Líderes na Câmara avaliam que a segunda denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer, bem mais fraca, será rejeitada com margem maior de votos. É o caso do secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), experiente vice-líder do partido, e já no sexto mandato parlamentar. Para Torres, que falou na primeira pessoa, a impressão geral é a que a denuncia foi feita de maneira açodada.

Conexão
Parlamentares apontam como maior problema a tentativa de Janot de misturar supostos fatos do passado com a presidência Temer.

Blindagem
A 2ª denúncia, dizem os deputados, parece ignorar que a Constituição protege o presidente de processos sobre fatos pretéritos ao mandato.

Racha menor
Na primeira denúncia, o PSDB rachou ao meio. Desta vez, deverá se unir mais. E a tendência dos tucanos é rejeitar a nova acusação.

No muro
Os tucanos poderão definir uma posição partidária após o julgamento de recurso da defesa de Temer, nesta quarta-feira.

Convites de Janot à posse ignoraram lista de Dodge
A ausência de Rodrigo Janot na posse de Raquel Dodge na Procuradoria Geral da República ilustra a animosidade existente entre eles. Segundo fontes ligadas ao episódio, o pretexto para a ausência foi a disputa sobre a emissão de convites para a solenidade. Janot os expediu ignorando a lista de convidados de Dodge. Em contrapartida, ela orientou seu cerimonial a enviar os convites mesmo por e-mail.

Protocolar
Antes de alegar "motivos protocolares" para não ir à posse, Janot deixou vazar que achou "descortesia" receber o convite por e-mail.

Animosidade
Em grupo de colegas no Telegram, Janot se referia a nova PGR como "Bruxa", segundo revelou à "Folha de S.Paulo" o procurador Ângelo Goulart Villela.

Desafeta pessoal
Villela, que esteve preso por 76 dias, diz que Janot quis usar JBS para "derrubar" Temer e impedir a indicação da "desafeta pessoal" ao cargo.

Prisão, nada
As delações de uma centena de executivos da Odebrecht e OAS ainda não renderam a prisão do ex-presidente Lula. Já a delação de Joesley e seus cúmplices quase derrubaram o presidente Michel Temer.

Lula = seis Geddeis
Na sua delação, Marcelo Odebrecht confirmou que Antonio Palocci fez pedidos de dinheiro vivo à Odebrecht, que era retirado da conta "Amigo", de Lula. Os R$ 300 milhões correspondem a seis Geddéis.

Cadeia inevitável
As regras de asilo, em voga em todo o mundo, não beneficiam foragidos. Se Lula pedir asilo em embaixada "amiga", como defendem petistas, essas regras impedem salvo-conduto para ele deixar o Brasil.

Entulho autoritário
A unidade do IBGE no DF tem enviado cartas ameaçando multar em quase R$ 10 mil empresas que não respondam imediatamente a uma Pesquisa Anual de Serviços. Pior: a ameaça se baseia em uma lei de 1968, auge da ditadura, assinada pelo general Costa e Silva.

Perdeu, candidato
Dos cinco conselheiros do Tribunal de Contas de MT acusados de dividir propina de R$ 53 milhões, Antonio Joaquim, o presidente, planejava se aposentar para disputar o governo, em 2018. Planejava.

Olha a malandragem
As propostas de reforma política, uma do PSDB (282/16) e outra do PT (77/03), voltam à pauta da Câmara terça (19) e quarta (20). Deputados têm até 7 de outubro para sancionar a lei para que ela valha em 2018.

Desrespeito
A Copa Airlines deu show de desrespeito, ontem, no Panamá. Com o aeroporto sem energia e voos cancelados, deixou centenas de pessoas na mão. "A funcionária se irritou e foi embora", relatou um passageiro.

Esses suíços...
O Ministério Público da Suíça investiga a origem – e se houve crime – do entupimento dos banheiros de uma agência do banco UBS e de três restaurantes próximos, com dezenas de milhares de euros em dinheiro.

Pensando bem...
...já tem torcedor do Palmeiras pedindo que o próximo jogo contra o Corinthians seja apitado pelo juiz Sérgio Moro.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Política é uma piada
O saudoso humorista Manoel da Nóbrega, "pai" do programa de tevê "A Praça é Nossa", desfrutava de grande prestígio, por isso foi uma barbada a sua eleição para deputado estadual em São Paulo, em 1946. Era deputado assíduo, interessado, fazia propostas, apresentava projetos, debatia, trabalhava muito, tentando honrar o mandato. Até que desistiu e voltou ao humor. No final do mandato, recusou a reeleição:
- Política não resolve nada, e ainda me atrapalha o serviço.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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