Temer não pediu lista: retaliações descartadas
O Planalto não pediu lista de deputados contrários ao presidente Michel Temer, na votação de quarta (2), por uma simples razão: já a tinha desde que se encerrou a sessão da Câmara. E não deve fazer retaliações: o principal objetivo, agora, é garantir o máximo possível de votos entre os 391 deputados filiados a partidos governistas para aprovar a reforma da Previdência. O governo precisa de 308 votos.

No fio da navalha
O desafio de Temer é não retaliar aliados que votaram contra ele, mas também não desagradar aqueles que se expuseram para defendê-lo.

Ciscando para dentro
O presidente diz esperar a compreensão dos aliados: é hora de "ciscar para dentro" e garantir a aprovação das reformas.

Bancada dos infiéis
Estão na mira dos defensores do governo os 21 tucanos e os 50 deputados de outros partidos aliados que votaram contra Temer.

Fiéis à reforma
O governo está otimista. Considera que quase todos os 71 "infiéis" de quarta-feira apoiarão a reforma da Previdência em nome do País.

Bronca de Alckmin é de Doria e não de Temer
Quando deixou de comparecer a evento com a presença do presidente Michel Temer no Campo de Marte, em São Paulo, segunda (7), alegando "compromisso" no Palácio dos Bandeirantes, seu próprio local de trabalho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) mostrou que já não consegue disfarçar sua bronca contra o prefeito da capital, João Dória. Alckmin somente admite essa animosidade em conversas reservadas.

Ingratidão
Estimulado por assessores, Alckmin se queixa de "ingratidão" do prefeito. Acha que o projeto de Doria é mesmo disputar a Presidência.

Números incômodos
As pesquisas apontam Doria como o tucano mais competitivo. Alguns levantamentos atribuem a ele o dobro de Alckmin na intenção de voto.

Adversários adoram
A "guerra" não declarada entre Alckmin e Doria favorece os adversários e também Temer, que usa a desavença política em seu proveito.

Mentira de lobista
Lobistas dos distribuidores de combustíveis, inclusive americanos, difundem a mentira de que Donald Trump ameaça "guerra comercial" caso a Camex elimine a indecorosa importação de álcool podre dos EUA, à base de milho, sem pagar imposto. Não há essa ameaça.

A vez do novo
Na onda dos prefeitos de São Paulo e de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), a Paraná Pesquisas revela que 63,2% dos eleitores darão preferência a não políticos para escolher deputados, em 2018.

Tire a mão do meu bolso
O Fundo Partidário, que banca toda a atividade de partidos políticos como viagens em jatinhos e até mortadela para manifestantes, sacou R$ 4 bilhões do bolso do contribuinte brasileiro nos últimos 10 anos.

Álbum de safadezas
O cientista político Paulo Kramer, muito espirituoso, comparou algumas propostas de reforma política, em discussão na Câmara, a posições do Kama Sutra, conhecido álbum de posições sexuais.

Jogo de paciência
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) apoia a proposta de reforma tributária, relatada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), mas acha que é preciso, antes, ouvir as bancadas, estado por estado.

Cadê o dinheiro?
Na homenagem aos 80 anos da UNE na Câmara, quinta (10), sua nova presidente, Marianna Dias, deveria explicar o paradeiro dos quase R$ 50 milhões liberados pelo governo Lula para essa entidade que se manteve em silêncio durante os escândalos petistas de corrupção.

Sky enganada
Quem faz cobrança para a operadora de TV Sky engana o contratante, se é mesmo remunerado pelo número de SMS para "inadimplentes". É que grande parte dos alvos não é cliente da Sky. Tampouco o serão.

Euforia amazônica
O comitê de campanha de Amazonino Mendes ficou eufórico, ontem, com os primeiros números de intenção de votos para o segundo turno, na disputa pelo governo do Amazonas contra Eduardo Braga (PMDB).

Pensando bem...
...não foi "povo" que atirou ovos no prefeito João Dória, em Salvador; quando os tem em casa, o povo os come.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Não tem perigo
Homem recatado, Djalma Marinho sempre foi respeitado como um político sábio, no Rio Grande do Norte e em Brasília. Não era para menos. Certa vez, em campanha no interior, o veterano político acabou atraído para dançar com uma eleitora, numa festa. Um amigo resolveu brincar com a situação, mesmo sabendo do comportamento reto de Marinho:
- Dr. Djalma, e se a sua esposa ficar sabendo disso?
- Minha mulher não acredita em ressurreição, meu caro – respondeu.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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