"Isso é um mar de lama e corrupção, aqui no Congresso"
Dep. Cabo Daciolo (Avante-RJ), ao conclamar eleições gerais e não "apenas" diretas

Metade do baixo clero que elegeu Maia apoia Temer

Os adeptos da eleição indireta de Rodrigo Maia para presidente da República já fizeram e refizeram as contas e lhes faltam votos. Se é verdade que Maia é o "rei do baixo clero", cujos votos o levaram à presidência da Câmara, metade desse grupo apoia o governo Michel Temer. Mesmo com os votos da oposição, a bancada de Rodrigo Maia ainda está longe dos 342 votos necessários à admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo plenário.

Exigência menor

Temer não precisa de 172 votos para arquivar a denúncia, é a oposição que precisará somar 342 votos para vencer. O Planalto calcula ter 207.

Tempo para todos

Adiando por duas semanas a votação da denúncia no plenário, Maia deu tempo a todos, inclusive ao governo de melhorar sua articulação.

Esperando ‘fato novo’

Resta à oposição e à TV, a esperança de que Rodrigo Janot saque um "fato novo" da cartola. O que tem tudo para acontecer.

Jogo para profissionais

O problema para os opositores de Temer é que, agora, o jogo é político e não jurídico. E, no lado do governo, sobram profissionais da política.

Apesar de Renan, Temer liberou R$ 1 bi para AL

A classe política sergipana está prestes a declarar guerra ao governo Michel Temer. O governo Jackson Barreto (PMDB) teve de lutar muito para obter pouco mais de R$ 200 milhões do governo federal em um ano, uma ninharia para o tamanho das necessidades do Estado. Enquanto isso, o governo de Renan Filho, no vizinho estado de Alagoas, faturou mais de R$ 1 bilhão. Barreto se sente discriminado.

Prestígio

Além de liberar R$ 1 bilhão, Michel Temer nomeou dois alagoanos no ministério: Marx Beltão (Turismo) e Mauricio Quintella (Transportes).

Liderança sem proveito

Nem mesmo a presença do sergipano André Moura (PSC) na Liderança do Governo Temer na Câmara não beneficiou o Estado.

Bom tratamento

Alagoas tem merecido bom tratamento do governo federal, apesar das constantes tentativas de sabotagem de Renan Calheiros.

Imposto enterrado

O governo enterrou de vez a ideia do trazer de volta o imposto sindical obrigatório, ou criar "redução gradual", conforme pediam as centrais sindicais. Na Medida Provisória que regulamenta a reforma trabalhista, está sepultado. Em 2016, o imposto custou R$ 3,5 bilhões ao brasileiro.

Desânimo

O desânimo após derrota na CCJ parece ter abatido a oposição. Um dos líderes do PT, Wadih Damous (RJ) já admite, antes mesmo do recesso, a derrota em plenário. "Talvez, o governo tenha fôlego", diz.

Novidades

Entre deputados de oposição há uma torcida para que a Procuradoria-Geral da República "mova as suas peças" durante o recesso. Mas querem mesmo é o vazamento de "fato novo", seja áudio, denúncia, etc.

Adiado

Aliados do governo no Congresso fizeram um mapeamento do apoio a Michel Temer na Câmara, de olho na votação da denúncia contra o presidente. O governo já desistiu de realizar a votação nesta segunda-feira.

Mesmo saco

As senadoras que tentaram impedir a votação da reforma trabalhista demonstram o mesmo apreço pela democracia dos delinquentes bolivarianos que invadiram o parlamento para espancar opositores.

Pleonasmo

Segundo a sentença do juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente Lula "faltou com a verdade em seus depoimentos" acerca do apartamento que comprou da Bancoop, que depois se transformou em tríplex.

Itamaraty do MP

A "Recomendação nº 56/2017", documento assinado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, se refere ao Itamaraty como "Ministério Público das Relações Exteriores". O MRE diz que esse não é seu nome. Talvez a PGR considere haver na Esplanada alguns reles ministérios privados.

Bombou na rede

Após a condenação do ex-presidente, o Movimento Brasil Livre elencou as opções de "Lula presidente": Presidente Prudente, Presidente Venceslau ou Presidente Bernardes, cidades que abrigam presídios.

Pensando bem...

...no PT, parece que "estatuto" é sugestão e "documentos" não são provas.

PODER SEM PUDOR

Imagem ilustrativa da imagem Claudio Humberto



Manhas do Malvadeza

O jornalista Luiz Cláudio Cunha entrevistava ACM, então governador da Bahia, para um perfil na revista Playboy que ganharia um título magnífico, inspirado no filme do baiano em Glauber Rocha: "Deus e o Diabo na terra do Sol". O almoço estava no final quando o telefone tocou. Era Clóvis Rossi, da Folha. ACM não queria deixar de atender, tampouco falar. Ele já havia parado de comer, mas meteu uma garfada na boca e pegou o telefone:
- Aô, bubo bem? – disse, de boca cheia.
Constrangido, Rossi se desculpou pela interrupção do almoço e desligou.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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