Especialista avalia que Lula virou o novo Maluf
O desempenho do ex-presidente Lula em pesquisas para presidente, na disputa de 2018, reproduz um fenômeno eleitoral de Paulo Maluf, hoje deputado pelo PP-SP. Para o especialista Murilo Hidalgo, do instituto Paraná Pesquisas, "Lula é o novo Maluf". Se for candidato, são grandes suas chances ser o mais votado no primeiro turno, mas sua rejeição muito alta inviabilizaria a vitória na disputa de segundo turno.

O mais votado
Se for mantido solto e elegível, Lula terá no primeiro turno entre 25% e 30% dos votos para presidente da República, estima Hidalgo.

Quase nomeação
Como Maluf, Lula tem rejeição muito elevada, superior a 50%, por isso quem disputar o 2º turno contra ele tem maiores chances de vitória.

Degradação
Maluf teve sucesso político em SP desde 1967. Mas a partir de 1988 o capital político dele se degradou. E só voltou à política como deputado.

Derrotas sucessivas
Em ‘90, ‘98, ‘00, ‘02 e ‘04 Maluf liderou no 1º turno para governador ou prefeito de São Paulo, mas perdeu no 2º. Em 2008 já não liderou mais.

Opção por Cabral tirou juíza honesta do governo
O voto errado do eleitor do Rio de Janeiro, que em 2006 elegeu Sérgio Cabral (PMDB), levou o Estado à maior crise política, financeira e moral da sua história. Conhecida pela coragem e honestidade, a juíza Denise Frossard abandonou a magistratura para tentar fazer da política uma atividade decente. Após se eleger deputada, ela seria derrotada por Sérgio Cabral naquela disputa pelo governo fluminense, em 2006.

Mulher coragem
Denise Frossard se notabilizou nacionalmente, em 1993, ao condenar à prisão 14 bicheiros e outros integrantes do crime organizado.

Derrota no 2º turno
Na eleição para o governo estadual, Denise Frossard chegou a disputar o segundo turno, mas teve 32% dos votos, contra 68% de Cabral.

Outra História
Eleita governadora naquele ano, Denise Frossard certamente evitaria a atual crise do Rio, mas algo não mudaria: Sérgio Cabral estaria preso.

Cerco criminoso
A polícia política do ditador venezuelano Nicolás Maduro descobriu que dois deputados haviam negociado asilo político no Brasil, no fim de semana, e cercou suas casas com milícias fortemente armadas.

Greve contra a Lava Jato
O aviso circula nas redes sociais: "Sexta-feira eu vou trabalhar. Quem fizer greve será usado por vagabundos para apoiar Lula". Outra mensagem diz que "fará greve quem não apoia a Lava Jato".

Foco na reforma
Por determinação do presidente Michel Temer, todos os ministros do fizeram plantão na tarde desta quarta-feira (26), na Câmara, focados na votação da reforma trabalhista.

Um homem de bem
A morte do jornalista Carlos Chagas cobriu de tristeza sua imensa legião de amigos e admiradores. Mestre no jornalismo e na vida, Chagas foi a definição perfeita de um homem de bem. Seu enterro será nesta quinta (27) às 16h, no Campo da Esperança, em Brasília.

Outro projeto
Renan Calheiros foi derrotado, ontem, na aprovação do projeto que pune abuso de autoridade. O texto aprovado se distanciou do original, visto como tentativa de intimidar quem investiga o líder do PMDB.

Índios estupradores
A Justiça do Acre condenou o índio Antônio José Moreira da Silva por ter estuprado uma menina de 11 anos. Que ele cumpra os 23 anos de prisão, ao contrário de Paulinho Paiakan, um cacique caiapó bajulado pela imprensa e condenado por estupro em 1992, ainda hoje impune.

Aí tem coisa
A proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado foi aprovada ontem no Senado por 75x0 votos. A estranha unanimidade deixou muita gente em estado de alerta.

E a gente, ó, só pagando
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (Fortaleza) aproveitou a "greve geral", convocada pelos admiradores dos ladrões da Lava Jato, para alongar o feriadão: ali, sua folga vai de sexta a segunda, dia 1º.

Pensando bem...
..."abuso de autoridade" é senador que cria lei contra quem o investiga.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Palocci contra Mantega
Certa vez, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, cruzou com o então ex-ministro Antônio Palocci no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Paulinho lia nos jornais que o Guido Mantega, na época ministro da Fazenda, preparava uma medida provisória garfando R$2,2 bilhões do FAT para pagar dívidas de agricultores com multinacionais.
- Que absurdo! – resmungou Paulinho.
- Claro que é um absurdo, eu jamais faria isso! – concordou Palocci.
Diante de um Paulinho surpreso, o ex-ministro aproveitou para cobrar:
- E você, Paulinho, vivia pedindo minha cabeça!...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br