CLÁUDIO HUMBERTO
PUBLICAÇÃO
sábado, 21 de janeiro de 2017
Demora favorece investigados, diz Marco Aurélio
A eventual demora na escolha do novo relator da Lava Jato somente interessaria aos acusados e investigados, por essa razão o ministro Marco Aurélio confia que a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, deve promover a redistribuição aleatória da relatoria, por meio de sorteio em computador, a qualquer dos ministros da 2ª Turma, da qual fazia parte o falecido ministro Teori Zavascki.
Paralisia impensável
O experiente Marco Aurélio lembra que a sequência é básica, no processo penal, por isso paralisar a Lava Jato é "impensável".
Poderá demorar
O escolhido por Temer será sabatinado e depois passará pelo crivo do plenário do Senado para ser nomeado e empossado.
O País não aguenta
Marco Aurélio diz que o País não entenderá uma demora de 9 meses para definição do novo ministro do STF, como no caso de Luiz Fachin.
Entendimento informal
Ex-presidente do STF, Sidney Sanches sugere que os presidentes da República, STF e Senado se entendam para agilizar o novo ministro.
Se Moro for para o STF, Hardt assume sua vaga
No caso do presidente Michel Temer vir a indicar Sérgio Moro para a vaga do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal (STF), o titular na Vara Federal de Curitiba passará a ser a juíza Gabriela Hardt, até que o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região abra inscrições para os interessados em assumir a vaga em definitivo. Todos devem ser juízes federais titulares e pertencerem ao TRF da 4ª Região.
Somos todos Moro
A juíza federal substituta Gabriela Hardt tem atuação muito elogiada entre colegas, e tão rigorosa quanto Sérgio Moro.
O mais antigo
Após o término do período de inscrições, o TRF escolherá para o cargo de juiz titular da Vara Federal em Curitiba o pretendente mais antigo.
Nova escolha
Caso não apareçam juízes federais titulares interessados, o TRF abre nova lista, desta vez podendo se inscrever juízes federais substitutos.
Fonte inesgotável
A Camargo Corrêa, que sempre manteve "relações" com governos do PT e do PSDB, ajudou a bancar a criação do iFHC, do ex-presidente tucano, e deu R$ 3 milhões ao Instituto Lula entre 2011 e 2013.
Soluções estaduais
Estados não dependem da União na questão dos presídios. Minas, um estado grande, criou o sistema vitorioso da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em várias prisões. Espírito Santo, um estado pequeno, tem sistema similar com resultados positivos.
Clamor nacional
A PEC 106/2015, que reduz o número de deputados de 513 para 386 e de senadores de 81 para 54, obteve mais de 1 milhão de votos favoráveis através do site do Senado. Só 6 mil são contra a proposta.
Malhação de Judas
Renan Calheiros (PMDB-AL) virou fenômeno de antagonismo nas redes sociais. Conseguiu ser hostilizado por mais de mil comentários na publicação onde ele lamenta a morte do ministro Teori Zavascki.
Investigação legislativa
Lelo Coimbra (PMDB-ES) pediu à Câmara dos Deputados a criação de comissão para acompanhar as investigações da queda do avião do ministro Teori Zavascki: "Todas as hipóteses devem ser investigadas".
Entulho autoritário
Ao arrepio da Constituição, que nos garante o direito à informação, setores do Ministério Público Eleitoral ainda processam quem divulga malfeitorias de políticos. Mesmo havendo prova documental de que o político é ladrão, isso não pode ser noticiado durante a campanha.
Que transparência?
O Portal da Transparência do governo federal ficou fora do ar durante toda esta sexta-feira. Até foi possível acessar o site, mas informações estiveram indisponíveis. O Ministério da Transparência prometeu informações detalhadas de gastos em 2017 apenas para março.
Cansei
Derrotada duas vezes para o Senado, Heloísa Helena (Rede-AL) desistiu de disputar um terceiro mandato de vereadora de Maceió. E ainda pediu aposentadoria na Universidade Federal de Alagoas.
Pensando bem...
...é bom o Supremo proteger a sala onde estão todas as provas da Operação Lava Jato, antes que um avião caia sobre ela.
PODER SEM PUDOR
Bravura à brasileira
Preso durante o regime militar por ordem de um coronel Epitácio, delegado do Dops, o saudoso jornalista Carlos Castello Branco assistiu a uma cena histórica: a chegada do valente advogado Sobral Pinto à delegacia, aos berros, arrastado por policiais. O coronel arrogante falava muito, até mencionar a expressão "soluções à brasileira". Sobral perdeu a paciência:
- Agora chega, seu coronel, porque não existem "soluções à brasileira". O que existe apenas é peru à brasileira!
Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
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