Temer é pressionado a indicar Moro para o STF
Após a confirmação da morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, o presidente Michel Temer passou a sofrer pressão de amigos e até de alguns ministros mais próximos para pensar na possibilidade de indicar o juiz Sérgio Moro, em substituição ao relator da Operação Lava Jato no STF. Ainda que não faça opção por Moro, o presidente deve caprichar na escolha, apostam seus auxiliares.

Calma nesta hora
O presidente não adota decisões apressadas, tampouco quis tratar do assunto. Mas ouviu as ponderações pró-Moro com interesse.

Escolha certa
A escolha do substituto de Zavascki é fundamental: o novo ministro vai herdar a relatoria da Operação Lava Jato, no âmbito do STF.

#Moro_no_STF
A possibilidade do juiz federal Sérgio Moro no lugar de Teori Zavascki já viralizou nas redes sociais. Praticamente uma unanimidade nacional.

Nada a temer
Amigos alegam, em mensagens a Temer, que Sérgio Moro no STF mostraria a isenção do presidente em relação à Operação Lava Jato.

Números não mentem: o Brasil prende pouco
Os "politicamente corretos" repetem como papagaios que "o Brasil prende muito e prende mal". Mas eles mentem. No Brasil, a polícia só esclarece 5% dos crimes com identificação dos autores. Os demais nunca são denunciados à Justiça. Em 2011, data do mais recente levantamento do Ministério da Justiça, somente 10.168 investigações resultaram em denúncias à Justiça, de um total de 136,8 mil inquéritos.

Céu e inferno
No Japão, a polícia se orgulha dos impressionantes 95% dos crimes resolvidos. No Brasil, 95% dos crimes permanecem impunes.

Prende mal?
Em Brasília, a Polícia Militar faz uma média de cem prisões por semana, quatrocentas por mês, 4.800 por ano. Isso não é "prender mal".

Prender bem?
O juiz Ademar Vasconcelos, ex-titular da vara de execuções penais do DF, ironiza: "O que que é prender bem? Prender só ricos e inimigos?".

Teori & Cia
Teori Zavascki não era o único no Supremo Tribunal Federal que analisava as ações da Lava Jato. São dezenas de servidores, entre juízes auxiliares e assessores, que jamais deixarão a peteca cair.

Atraso na Lava Jato
Com a morte de Teori Zavascki, a força-tarefa da operação já acredita que os trabalhos se estenderão para além de 2018. Haverá atraso na homologação da delação da Odebrecht e também da Camargo Corrêa.

Paúra de Moro
Políticos investigados na Lava Jato não querem nem ouvir falar em Sérgio Moro no lugar de Teori Zavascki. O que os protege da mão pesada de Sérgio Moro é o foro privilegiado, sob jurisdição do STF.

Profunda consternação
Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, revelou-se um dos ministros mais consternados com a morte de Teori Zavascki. Num primeiro momento, ele nem conseguia falar sobre o assunto.

Triângulo carioca
A área onde caiu o avião que levava o ministro Teori Zavascki é conhecida por desastres. O helicóptero de Ulysses Guimarães caiu na mesma região em 1992. O corpo do ex-deputado nunca foi encontrado.

Olho neles
A turma dos holofotes, que se esbalda na crise dos presídios, além de não saber resolver o problema, ainda vai nos arrumar outro imposto, em plena crise econômica, a maior da nossa História.

Quem está no poder
Em Davos, o procurador-geral Rodrigo Janot mal escondia o regozijo: registrou que hoje na América Latina já não se falam em generais ditadores "e sim em magistrados e membros do Ministério Público".

Pagou, levou
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma que "juristas não veem problema" em sua candidatura ilegal a presidente da Câmara. Só não contou que os tais juristas foram pagos para produzir pareceres.

Pensando bem...
...ontem, falecimento do saudoso ministro Teori Zavascki, foi o dia 49 de dezembro de 2016.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

O ‘furto’ que não houve
Brasília não merece mesmo a fama dos políticos que a frequentam. Quando renunciou ao mandato, na esperança de retornar ao poder pelas mãos dos militares, Jânio Quadros pediu ao ajudante de ordens, major Amarante, que deixasse no Palácio Alvorada um terno e sapatos. Mais tarde, em 1978, conforme relato de Murilo Melo Filho em seu soberbo "Tempo Diferente" (ed. Topbooks, Rio, 295 pp.), Jânio contaria uma lorota à revista Manchete:
- A Presidência da República não me deu nada. Pelo contrário, andou me tirando. Lá, furtaram-me um terno, uma camisa e um par de sapatos...

Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
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