Para acordo, PGR exigiu Cunha preso por 15 anos
Eduardo Cunha rechaçou, há dois meses, a primeira tratativa para um eventual acordo de delação premiada. A PGR (Procuradoria Geral da República) admitiu iniciar negociações, mas avisou que não abriria mão de ao menos 15 anos de prisão em regime fechado para o político. Ao ser informado da proposta dos procuradores, Cunha reagiu fortemente: "Não aceito um só dia de prisão!" Agora preso, talvez mude de ideia.

Sairia barato
A força-tarefa trabalha para obter uma condenação de 160 anos para Eduardo Cunha. Sairia barato para ele ficar "apenas" 15 anos preso.

Sondagem
A sondagem sobre eventual negociação de acordo de delação foi feita por uma advogada, aparentemente à revelia de Eduardo Cunha.

Oportunidade
Os procuradores acham que a advogada aproveitou um despacho sobre processos para sondá-los sobre o interesse em eventual acordo.

Dali não sai
A defesa aconselhou Cunha a se habituar à ideia de que, mesmo com acordo de delação, ele vai passar longa temporada na prisão

MP de Portugal aprofunda investigação sobre Lula
O Ministério Público de Portugal avalia aprofundar as investigações do envolvimento do ex-presidente Lula no esquema de propina de negócio da Portugal Telecom. A investigação levou o ex-primeiro-ministro português José Sócrates à prisão. Condenado no mensalão, Marcos Valério disse em 2012 que Lula levou R$ 7 milhões de propina para o PT na intermediação da venda da brasileira Oi à Portugal Telecom.

Autoridade presa
Ex-primeiro-ministro, José Sócrates foi preso por corrupção, fraude e "branqueamento" (lavagem de dinheiro). Aguarda julgamento.

Encontro teve
Lula foi interrogado sobre suas reuniões com dirigentes da Portugal Telecom e do Banco Espírito Santo (que quebrou em 2015), sócios da Oi.

PT para PT
Marcos Valério disse que Lula acertou a propina de R$ 7 milhões para o PT com o ex-presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa.

Pânico
A jornalista Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, tem enfrentado problemas de saúde. "Ela somatizou tudo de uma vez", diz uma amiga. Cláudia tem sofrido inclusive ataques de pânico.

Genro na roda
Em depoimento à PF, o policial do Senado Geraldo Oliveira revelou que ele e os colegas realizaram varreduras de grampos na casa do genro do senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), em São Luís.

Mentiras oficiais
Subordinados contaram à PF que receberam do diretor da Polícia do Senado, Pedro Carvalho, a orientação de mentir, atribuindo a varredura na casa de José Sarney, em São Luís, à proximidade de inexistente visita do presidente da Casa, Renan Calheiros, ao ex-presidente.

Fala, Cunha
Preso, Eduardo Cunha parece ameaçador para aliados que temem sua língua e até para adversários. Chico Alencar (PSOL-RJ), por exemplo, crispa os olhos: espera que Cunha "revele seus muitos e venais elos".

Insultar não pode
Admiradores do ministro Teori Zavascki, do procurador-geral Rodrigo Janot e do juiz Sérgio Moro estão intrigados com a impunidade dos irmãos Ciro e Cid Gomes. Os dois insultaram as três autoridades publicamente, usando inclusive palavrões, e nada lhes aconteceu.

Só cadeia resolve
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) disse ser lamentável que a esquerda não tenha aprendido a separar o público do privado e trate os seus corruptos como heróis. "Talvez a cadeia os ensine", disse.

Difícil geografia
O ex-deputado Eduardo Cunha é réu em inquéritos no Paraná e no Rio de Janeiro, mas também é investigado em Brasília e no Rio Grande do Norte, além de sofrer duas outras investigações no âmbito do STF.

Recuo de meio século
No balcão de Sedex, nos Correios do Rio, funcionário pesa e mede a encomenda com fita métrica, e depois digita os dados em computador meia-boca. A gestão do PT devolveu a ECT aos anos 1950.

Pensando bem...
...no Brasil da Lava Jato, Polícia prende polícia.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Que país é este?
Na atual temporada de escândalos, muita gente tem citado a frase "Que país é este?", atribuindo-a ao roqueiro Renato Russo. Mas o autor original foi o mineiro Francelino Pereira, nos anos 70, quando era presidente da Arena. Parece uma frase solene, mas foi um desabafo, na Câmara Municipal de São Paulo, porque o elevador não chegava nunca. Os jornais a divulgaram depois, mas sem dar o contexto.
Anos mais tarde, Renato Russo, roqueiro e ilustre morador de Brasília, aproveitou a frase para criar o grande sucesso que encontra um contexto ainda mais lógico.

Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
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