A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o furto em um apartamento de luxo localizado no jardim Burle Marx, na zona sul de Londrina. O crime aconteceu em junho do ano passado. Na época, bandidos levaram cerca de R$ 100 mil em joias e relógios de grife dos moradores. Os investigadores descobriram, após análise de câmeras de segurança, que o grupo agiu por meio de três jovens, de 19, 21 e 27 anos, sendo que um teve acesso ao interior do prédio, enquanto que os comparsas ficaram vigiando do lado de fora.

Segundo o delegado Mozart Gonçalves, da 10ª Subdivisão policial, os ladrões são suspeitos de crimes parecidos em Curitiba. “Nos meses de março, abril e maio de 2023 esse grupo agiu na Capital. Existe uma denúncia formal do Ministério Público relativa a três fatos ocorridos em Curitiba. Em um deles foi subtraída a quantia de R$ 300 mil em joias e relógios, na outra situação R$ 20 mil e na terceira não obtiveram êxito”, destacou.

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Na sequência, o trio veio para Londrina e, em seguida, para o Rio de Janeiro. “Eles tentaram praticar delito da mesma natureza, porém, lá a tentativa foi frustrada. Entraram em confronto com moradores e dois foram autuados em flagrante de delito”, explicou. Os três bandidos que agiram em Londrina foram identificados. Dois estão presos no Rio de Janeiro há sete meses, enquanto que o terceiro segue foragido.

“O que adentrou no apartamento em Londrina se negou a dizer qualquer informação em relação ao furto (durante interrogatório), mas o segundo confessou a participação dele e dos demais. O terceiro está com mandado de prisão expedido”, comentou. As joias não foram recuperadas. Eles foram indiciados por furto qualificado e associação criminosa.

‘NÔMADES’

Os três são da cidade de São Paulo. “No entanto, são pessoas nômades. A prova é o que aconteceu no ano passado: passaram por Curitiba, Londrina e Rio de Janeiro”, afirmou. “Eles fazem parte de uma organização especializada na prática de furto em apartamentos de luxo”, frisou. A polícia acredita que mais de cem pessoas façam parte do grupo criminoso.

No caso de Londrina, o delegado suspeita que tiveram algum tipo de informação privilegiada sobre a vítima. “Ao tentar acessar o apartamento indagaram o porteiro se o dono estava, inclusive, citando o nome dele”, relatou. “Houve oitiva de todos os funcionários do prédio e não ficou evidenciada a participação dessas pessoas no delito. Foi mais um descuido que permitiu a entrada do suspeito”, ponderou.

FURTO NO CENTRO

Em agosto houve um furto parecido, quando um casal levou R$ 500 mil em joias e relógios de um apartamento luxuoso no centro da cidade. Gonçalves comentou que o homem e a mulher não teriam relação com os outros três rapazes, alvos da operação “Pingo de Ouro”. “A menina foi qualificada, é uma adolescente. O caso foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente”, explicou.