Os novos leitos estão prontos para receber os pacientes, que devem começar a ser remanejados ainda nesta semana
Os novos leitos estão prontos para receber os pacientes, que devem começar a ser remanejados ainda nesta semana | Foto: Fotos: Saulo Ohara



A Santa Casa de Londrina entregou nesta terça-feira (7) as obras de reforma de 15 leitos de UTI adulto. Os novos leitos estão prontos para receberem os pacientes, que devem começar a ser remanejados ainda nesta semana. Assim que for feita a transferência, o hospital dará início à readequação de outros 21 leitos de terapia intensiva. Outros cerca de 30 leitos de internação também já estão sendo reformados e a previsão do hospital é que estejam prontos no início de 2018. As obras foram executadas com recursos do governo estadual, em um investimento total de R$ 2.326.000,00, sendo R$ 1.780.00,00 para a parte estrutural e R$ 546 mil para aquisição de equipamentos. A execução do projeto de reforma começou há seis meses.

O prédio da Santa Casa foi inaugurado em 1944 e no decorrer dos anos foram feitas várias adequações. A última adequação mais significativa, lembrou o superintendente do hospital, Fahd Haddad, aconteceu em 2002. "A gente precisa modernizar as instalações e qualificá-las de acordo com as novas normas da Vigilância Sanitária. Essa ajuda (recursos do governo do Estado) veio no momento certo e é de grande relevância porque vamos entrar com equipamentos mais modernos", destacou.

Quando todos os 36 leitos de UTI e os 30 de internação estiverem readequados, disse Haddad, mais de 80% das instalações existentes para acomodar os pacientes terão passado por modernização, que também incluiu o setor de atendimento de urgência. Na Santa Casa, 77% dos atendimentos são feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

"Tão importante quanto abrir novos acessos, é qualificar os que já existem e nós temos feito isso com muita maestria", afirmou o secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, que esteve nesta terça-feira em Londrina para a entrega dos leitos da Santa Casa.

Caputo ressaltou que na próxima semana a Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) irá votar a lei da complementaridade (PL 88/2017) que dará amparo legal para que o Estado possa voltar a investir nos hospitais filantrópicos, com o repasse de recursos para custeio, execução de obras e compra de equipamentos por meio do Programa HospSUS, criado em 2010 pelo governo do Paraná. A lei complementar é necessária em razão da lei federal 13.019/14, que impede o repasse de recursos a entidades filantrópicas. "Semana que vem poderemos retomar a condição de voltar a investir na filantropia", disse o secretário.

AMPLIAÇÃO
Entre maio e junho de 2018, a Santa Casa também espera inaugurar as obras de ampliação, com recursos do governo federal. Serão mais de 200 leitos, aumentando para 400 o número de leitos para atendimento a pacientes de Londrina e da Região Norte do Estado. De acordo com Haddad, 75% da obra estão concluídas e agora falta a fase de acabamento.

A ampliação começou em 1993 e ao longo desses 24 anos houve várias etapas de paralisação. "Foram dois anos parada por problemas com a construtora. A gente só conseguiu um recurso maior e substancial em 2010", disse o superintendente do hospital. O investimento total é de R$ 40 milhões, dos quais R$ 23 milhões foram empregados na estrutura física e os outros R$ 17 milhões, na aquisição de equipamentos.

Hospital passa também por obras de ampliação; inauguração deve acontecer em 2018
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Governo e PUC chegam a um acordo sobre hospital
O secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, informou nesta terça-feira (7) que o governo estadual conseguiu chegar a um acordo com a PUC (Pontifícia Universidade Católica) em Londrina para que possa dar continuidade ao projeto do Hospital da Zona Oeste. "Houve uma conversa importante entre a área jurídica da PUC e a área jurídica do governo e esclarecemos alguns pontos que burocratas estavam colocando como impedimento ao termo de cooperação", disse Caputo.

A universidade doou o terreno onde será construído o hospital e, pelo acordo, o governo concordou em conceder um campo de estágio à PUC, assim como representação no conselho diretivo do hospital e um cargo de diretor acadêmico. "Isso já foi totalmente resolvido e agora já vamos licitar o projeto e colocar no ano que vem os recursos para o início da obra", destacou o secretário.

O projeto deve custar R$ 1 milhão ao governo do Estado e a previsão é que a obra ultrapasse os R$ 30 milhões. O Hospital da Zona Oeste deverá atender a população de Londrina e de toda a macrorregião Norte. (S.S.)