Curitiba - Casos de mães que matam os próprios filhos são chocantes. Mas não são poucos, levando em conta a quantidade de casos que vêm a público, por exemplo, de bebês recém-nascidos assassinados ou abandonados para morrer, e de criancas mortas por negligência ou abusos. Os estudos da especialista Sheila Wendler ajudam a orientar a polícia na busca por suspeitos.
De acordo com a psiquiatra, mães solteiras e de baixa renda são maioria, como autoras, nos casos de assassinato de recém-nascidos com até 24 horas de vida. Já durante o primeiro ano da crianca, a mãe assassina pode ser afetada pela depressão pós-parto. Mas há outros fatores de influência. Negligência no cuidado com os filhos é um deles. O aumento do uso de drogas baratas e poderosas -nos EUA é o "meth", a metanfetamina, enquanto no Brasil é o crack- deve ser levando em conta, diz Sheila.
Já nos casos de assassinatos de crianças com até 12 anos, a suspeita inicial sempre recai sobre os pais, diz a médica: "Dentro dessa faixa etária, os primeiros a ser investiugados pela polícia são os pais, por estranho que possa parecer". Ela explica que este procedimento, adotado pela polícia norte-americana, não é opinativo, e sim resultante de acompanhamentos e estatísticas. E costuma ser eficiente(B.M.)