Paranaense quer construir carro voador
Depois de ler reportagem sobre carro voador americano, administrador curitibano diz ter um protótipo melhor e mais barato
Albari RosaDa Redação
Ao saber que o americano Paul Moller terá seu projeto de um carro voador (Skycar) testado nas próximas semanas, o administrador de empresas curitibano Luiz Rorato decidiu apresentar seu próprio invento, o Aeromódulo, que considera superior por vários motivos. ‘‘O projeto do americano utiliza gasolina, é poluente, não contou com o fim do petróleo e só poderá ser viabilizado dentro de 50 anos, quando houver satélites suficientes para guiar o veículo. O meu projeto é para o ínício do século XXI e já nasceu com o formato de carro, enquanto o outro parecia um disco voador no começo’’, afirma Rorato.
O aeromódulo deverá utilizar hidrogênio líquido como combustível e não precisará reabastecer, pois a produção e utilização do hidrogênio ficará por conta do próprio veículo. Rorato não quis adiantar como seria esse processo, pois, segundo ele, essa é a chave do invento. Para chegar a um carro voador nos moldes do Skycar, o Aeromódulo deverá passar por três etapas: um carro anfíbio flutuante, um carro voador de baixa altitude e por fim um veículo desenvolvido para voar até 10 mil metros de altura, comandado por satélites e computadores.
ReproduçãoConcorrênciaAo topo da página, o protótipo do Aeromódulo do curitibano Luiz Rorato, feito de madeira de balsa. Acima, reprodução do projeto do Skycar americanoLuiz Rorato acredita que, com um investimento de R$ 1,5 milhão, dentro de cinco anos já seria possível a produção dos primeiros carros flutuantes. Este seria feito com fibra de vidro resistente e poderia deslocar-se por terra ou suspenso sobre a água, por meio de um sistema de colchões de ar na parte inferior, alcançando a velocidade de 300 quilômetros por hora. Na segunda etapa, prevista para dez a 15 anos, o veículo já poderia voar até 1,5 mil metros de altitude, com velocidade de 600 km/h. Na terceira e última etapa do projeto, prevista para os próximos 30 a 50 anos, o Aeromódulo poderia chegar a 10 km de altitude, 600 km/h e necessitaria de muitas adaptações nas cidades, como a instalação de rotas aéreas e satélites monitores cobrindo toda a superfície do planeta.
Segundo informações divugadas pela revista Superinteressante deste mês, o Skycar americano já consumiu US$ 100 milhões desde 1962, quando o engenheiro Paul Moller criou o primeiro protótipo do atual projeto. Com 5 metros de comprimento e 3 de largura, o Skycar pesa uma tonelada, utiliza 8 motores de 90 HP, gasolina como combustível e alcança 600 km/h. O protótipo que será testado custou US$ 1 milhão.
O protótipo artesanal apresentado por Rorato, feito de madeira de balsa, consumiu R$ 5 mil desde 1977 e ainda não voa, pois necessita de mais R$ 12 mil para a instalação de quatro turbinas. Mesmo assim, o inventor acredita no projeto e diz que há 22 anos, 12 cientistas do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) consideram-no de alta viabilidade. A forma final do Aeromódulo deverá ter 5 metros de comprimento, 3 de largura, peso de 1 tonelada, utilizar 4 motores de 150 HP e transportar 5 pessoas.