As campanhas contra o tabagismo e a entrada em vigor de leis que proíbem o cigarro em ambientes públicos fechados têm surtido efeito e o número de fumantes no Brasil vem caindo ano a ano. Mas enquanto o cigarro deixa, aos poucos, de fazer parte da rotina dos brasileiros, o narguile vem ganhando mais espaço, principalmente entre o público jovem.
De origem oriental, o narguile é visto como instrumento de socialização já que é usado em roda, dividido por um grupo de pessoas. Como não tem o cheiro dos cigarros comuns e produz uma fumaça branca, o narguile também é visto como menos prejudicial à saúde e é mais aceito socialmente.
Para conscientizar os adolescentes sobre o tabagismo e os malefícios que o hábito acarreta à saúde, integrantes dos núcleos de apoio a saúde da família (Nasfs) de Londrina estão visitando escolas estaduais. De acordo com o educador físico do Nasf, Adair Santos, é muito comum entre os adolescentes e jovens a ideia de que é mais fácil parar de fumar o narguile do que abandonar o cigarro, mas ele ressalta que o cachimbo oriental contém as mesmas substâncias nocivas encontradas no cigarro e em quantidades até maiores.
O narguile, destacou o educador físico, tem 14 vezes mais nicotina do que o cigarro e uma hora de exposição à fumaça do cachimbo, seja tragando ou apenas próximo a quem estiver fazendo uso dele, corresponde a 100 cigarros.

Espécie de cachimbo de água usado para fumar tabaco aromatizado

Nome de uma substância nociva à saúde que constitui o princípio ativo do tabaco

O Programa Folha Cidadania é o desafio social da Folha de Londrina no combate ao analfabetismo funcional