Duas mulheres foram presas pela GM (Guarda Municipal), na noite de quinta-feira (20), após serem flagradas com crânios humanos e outras ossadas no cemitério Jardim da Saudade, na zona norte de Londrina. Além delas, um adolescente – que é filho de uma das detidas - e duas testemunhas também foram encaminhados para a delegacia, sendo liberados na sequência.

Segundo o superintendente da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina), Péricles Deliberador, as mulheres entraram no cemitério durante o dia. “Ficaram escondidas e a noite saíram. Foram vistas saindo pelos fundos (na rua Otávio Clivati) com uma escada”, relatou. Uma equipe da guarda que fazia um patrulhamento pelo local foi quem visualizou uma pessoa descendo a escada, que estava escorada no muro.

LEIA TAMBÉM: Reformas nos cemitérios de Londrina estão autorizadas até o dia 27

Os cemitérios na cidade fecham às 18h e a segurança fica por conta da GM. “As pessoas são orientadas sobre o horário de fechamento. Existe um controle de entrada, os servidores trabalham e rodam o dia todo fazendo velórios, sepultamentos, pinturas, ainda mais nessa época do ano, perto do dia de Finados”, destacou. O Jardim da Saudade tem 6.500 jazigos e cinco alqueires de terreno.

Além das ossadas, foram apreendidos com as mulheres bebidas alcóolicas, velas, alimentos, iogurtes e um caderno com anotações. A suspeita é de que fariam um ritual de magia, de acordo com o que as próprias presas comentaram de maneira informal. Deliberador disse não ser possível afirmar, por enquanto, que os ossos foram retirados de sepulturas do próprio cemitério. “Fizemos uma vistoria e, aparentemente, nenhum túmulo foi violado. No entanto, pode ser que elas tiraram a tampa e colocaram de volta.”

O material foi recolhido pela Criminalística. As duas mulheres foram autuadas em flagrante pelos crimes de corrupção de menor e destruir ou subtrair cadáver ou parte dele. Já o adolescente teve um boletim de ocorrência circunstanciado registrado e, na sequência, entregue a tia. “A Polícia Civil agora vai investigar de onde vieram os ossos e para que seriam usados”, explicou o superintendente da Acesf.

****

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.