Curitiba
O bebê Lucas de Jesus Medeiros, 10 meses de idade, morreu ontem às 11h15 da manhã. Ele estava internado em coma profundo desde o dia 25, no Hospital Evangélico, de Curitiba. Lucas foi vítima de um atropelamento na avenida Manoel Ribas. Ele foi atropelado pelo estudante Guilherme Pedroso de Moraes, 20 anos, quando cruzava a faixa de pedestre, sendo empurrado no carrinho de bebê pela mãe Zenaide de Jesus Padilha. Moraes teria furado o sinal vermelho.
Lucas deu entrada no hospital já em coma profundo. Desde o dia 25, seu quadro clínico sofria poucas alterações. Ele evoluiu do nível três para o quatro na escala Glasgow, que mede os estímulos neurológicos. A escala Glasgow vai do patamar três até o 15, que é o de uma pessoa que responde a todos os estímulos nervosos.
O Hospital Evangélico ainda não divulgou, oficialmente, a causa mortis do bebê. O corpo de Lucas foi encaminhado à tarde para o Instituto Médico Legal, onde seria feita a necropsia. O enterro acontece hoje, mas a família ainda não tinha definido o horário nem o local. O velório seria feito na Igreja Evangélica do bairro Santa Felicidade.
Revoltada, a família pede justiça. O pai de Lucas, Eveli Medeiros, diz que Guilherme Pedroso de Moraes furou o sinal vermelho e atingiu o seu filho, que estava dentro do carrinho de bebê. ‘‘Eles não pararam para ajudar’’, assegurou Medeiros. A família do garoto prestou queixa na 1ª Delegacia de Acidentes no Trânsito, onde foi instaurado inquérito policial para apurar a responsabilidade pelo atropelamento.
A família Pedroso de Moraes, proprietária da rede de lojas Móveis Pedroso, divulgou ontem nota de esclarecimento sobre o atropelamento de Lucas. Segundo o comunicado, o estudante prestou atendimento à vítima.
A nota, que é assinada por José Pedroso de Moraes e José Maria de Moraes, avô e pai de Guilherme, diz ainda que a família estava indo em direção a um restaurante em Santa Felicidade em mais outros dois carros. ‘‘José Maria chegou a colocar o bebê em seu veículo a fim de conduzi-lo ao hospital, só não o fazendo com a chegada de uma viatura da Polícia Municipal’’, afirma o comunicado.
A família do estudante diz que Guilherme chegou a ir ao Hospital Evangélico e às duas delegacias de trânsito de Curitiba, onde ele teria se apresentado. Segundo José Maria Pedroso, o estudante se submeteu a um exame de dosagem alcoólica. Testemunhas do acidente afirmam que Guilherme estaria a uma velocidade de 100 quilômetros por hora. Ele dirigia um Mitsubishi vermelho, placa AFK-9317.