Londrina

César AugustoPerda totalOrivaldo Alduan Rodrigues com o que sobrou do caminhão: suspeita de que arame tenha provocado o incêndio‘‘O caminhão era tudo o que eu tinha para ganhar a vida’’, reclama o caminhoneiro Orivaldo Alduan Rodrigues, 27 anos. O caminhão - um Mercedes-Benz 1113, ano 74, avaliado em R$ 18.000,00, placas BXE 9318 - pegou fogo no dia 24, em plena rodovia Castello Branco, altura do km 146. O caminhoneiro quer ser ressarcido dos prejuízos.
Orivaldo havia partido na tarde daquele domingo de Londrina com destino a São Paulo com o caminhão carregado com 52 fardos de algodão, cujo peso total, segundo ele, era de 12.365 quilos. Orivaldo diz que foi o atrito do arame amarrado nos fardos que provocou o incêndio, acabando com o seu caminhão e com a carga de algodão.
O gerente administrativo da Texsul, João Dorta, empresa que é a dona da carga, não acredita nessa possibilidade. ‘‘Em vinte anos nessa área, nunca vi uma carga pegar fogo assim.’’ A carga, salienta o gerente, estava avaliada em R$ 7.000,00. ‘‘Como a gente não tinha seguro dessa carga, perdemos tudo.’’
O gerente João Dorta explica que era obrigação de Orivaldo fazer o seguro do seu caminhão. ‘‘A empresa não pode bancar um prejuízo que não é dela.’’ Ele diz que já registrou queixa na Polícia para se defender das acusações que o caminhoneiro vem fazendo.
O caminhoeiro diz que procurou o Instituto de Criminalística de Londrina para fazer um laudo para saber as causas do incêndio, mas foi informado que essa perícia custaria entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. ‘‘Não tenho esse dinheiro’’, alega Orivaldo. O caminhoneiro lembra que a ocorrência foi registrada pela Polícia Rodoviária Federal, em São Paulo. ‘‘O incêndio foi controlado por três viaturas do Corpo de Bombeiros que vieram de cidades daquela região.’’
Para levar a carga a São Paulo, o acertado, conta o caminhoneiro, foi que receberia R$ 300,00. ‘‘Até agora não vi o dinheiro do frete’’, afirma Orivaldo Rodrigues. Ele fala que ainda teve de desembolsar R$ 250,00 para rebocar o caminhão até Londrina.