O médico que atendeu Nycolas Ronald Dias, de 22 anos, que morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, não é servidor do município. Segundo a secretaria municipal de Saúde, o profissional é terceirizado. “Se trata de um médico credenciado e não servidor, por consequência não há responsabilidade de apuração por parte da Corregedoria”, afirmou o responsável pela pasta, Felippe Machado.

A secretaria havia aberto uma comissão, inclusive, com médicos de fora da unidade para apurar a conduta do profissional. O resultado da avaliação não foi divulgado. “Fizemos o encaminhamento do relatório dessa comissão ao CRM (Conselho Regional de Medicina) e ao MP-PR (Ministério Público do Paraná), que já havia iniciado investigação e nos feito questionamentos sobre o caso.”

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A orientação dada à empresa foi para que o médico não seja escalado mais em nenhuma unidade de saúde da cidade. “Sem fazer nenhum juízo de culpabilidade, mas de forma preventiva, assim como aconteceria num caso analisado pela Corregedoria”, informou.

O rapaz, que era barbeiro e morava na região leste com a mãe, morreu no dia 23 de outubro. De acordo com a família, ele procurou a UPA, inicialmente, no dia 22 de outubro tossindo sangue. Teria sido liberado com diagnóstico de ansiedade.

No outro dia, na segunda, o estado de saúde piorou e ele retornou. Os parentes disseram que ele fez exame de raio-x, no entanto, a equipe médica teria dito que não tinha nada. Entretanto, na hora de ir embora o rapaz teria sido chamado para retornar, sendo comunicado que apresentava água no pulmão. Nycolas foi a óbito cerca de seis horas depois de dar entrada na unidade.

A FOLHA mostrou nesta semana que o delegado do 5º Distrito Policial, Bruno Trento, recebeu o prontuário de Nycolas e já começou a analisar a documentação. Na próxima semana ele deve ouvir o médico e os servidores que atenderam o jovem.

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