Um forte esquema de segurança está sendo preparado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para o júri do caso Evandro, que promete ser o mais longo e um dos de maior repercussão na história da Justiça no Paraná. Se nenhum recurso adiar o julgamento, ele deverá começar em novembro e durar quase três semanas, dividido em três júris diferentes.
O processo, que tem 61 volumes e cerca de 13 mil páginas, foi desmembrado, dividindo os sete réus em três grupos. A maratona no tribunal começa no dia 10 de novembro. A segunda etapa, no dia 17 e a terceira, no dia 24. Cada grupo de réus será julgado por um corpo de jurados diferente. A juíza (Marcelise Weber Lorite) e os promotores (Rosana Santos Lima e Celso Peixoto Ribas) serão os mesmos para os três julgamentos.
Para garantir a segurança dos réus, advogados, juíza, promotores e dezenas de assistentes que participaração dos julgamentos, um detalhado plano já começou a ser elaborado pelo 17º Batalhão da Polícia Militar, com sede em São José. O comandante, tenente-coronel Donizete Carlos Ribeiro, diz que ainda não sabe quantos homens utilizará, mas prometeu ‘‘fazer uma demonstração de força, para evitar qualquer incidente’’.
Segundo ele, haverá policiais fardados e à paisana nas imediações e em todas as dependências do fórum. Serão usados detectores de metais e uma parte da equipe portará armamentos mais pesados que os utilizados na rotina policial. Também já está definido que a rua onde fica o fórum será fechada ao trânsito num trecho de duas quadras antes e duas depois do local do julgamento.
Só terão acesso ao fórum as pessoas que portarem credenciais. O esquema de cobertura pela imprensa ainda não foi definido. A juíza aguarda a manifestação dos réus sobre a permissão para filmagens e fotografias para baixar as normas. Também não foi escolhido ainda o local onde os jurados ficarão durante as interrupções no julgamento. Eles devem permanecer incomunicáveis. Segundo o tenente-coronel Ribeiro, poderá ser num hotel ou no quartel da PM. (L.A.K.)