Do total da frota de Superbus, 14 veículos são convencionais e dois articulados
Do total da frota de Superbus, 14 veículos são convencionais e dois articulados | Foto: Gustavo Carneiro



A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e as empresas Transportes Coletivos Grande Londrina e Londrisul, que operam o sistema de transporte coletivo em Londrina, entregaram nesta segunda-feira (21) oito veículos convencionais que vão integrar a frota do projeto Superbus. Os ônibus operam as linhas 222-Vale Azul; 231-Estação Catuaí; 903-Anel Central e 806-Saul Elkind/Estação Catuaí. São três ônibus da Londrisul e cinco da TCGL em um investimento total de R$ 4 milhões.

Os veículos dispõem de vários itens que proporcionam maior segurança e conforto, como ar-condicionado e motor na parte traseira, que reduz os ruídos no interior do veículo. A partir de agora, o projeto Superbus passa a contar com 16 veículos, sendo 14 convencionais e dois articulados, mas a implantação do restante da estrutura, que prevê um total de 11 licitações, está bastante atrasada e não tem data para ser concluída. "Uma das coisas que identificamos em um projeto dessa envergadura é que precisava do Plano de Mobilidade Urbana que iria apontar os corredores e as áreas de conflito existentes e que necessitam de intervenção. O que acontece é que começou pelos ônibus, o que não deixa de ter o lado positivo, os pontos de ônibus e agora vem a estrutura. O processo foi meio inverso", disse o presidente do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), Nado Ribeirete.

O projeto do Superbus, elaborado na gestão passada, previa 11 licitações para a execução de algumas grandes obras, como a construção de um viaduto na avenida Dez de Dezembro (zona leste), orçado em cerca de R$ 20 milhões, e a duplicação da avenida Duque de Caxias. Até o momento, apenas duas licitações foram concluídas.

Originalmente, lembrou o presidente do Ippul, o projeto previa a recuperação da malha viária de algumas avenidas importantes do município, como a Higienópolis e a Tiradentes, em um investimento de R$ 60 milhões. Mas a atual administração entende que essas não são as áreas em pior situação em Londrina e analisa a necessidade dessas obras.

"Das 37 ruas e avenidas que iriam ter esse reforço, estamos analisando para que a gente possa investir o dinheiro de uma maneira real. Estamos vendo quais projetos já estão prontos e se dá para serem adaptados para aproveitar melhor esse dinheiro que a prefeitura vai ter que pagar pelo financiamento junto à Caixa Econômica Federal", explicou Ribeirete, que já adiantou que a implantação do Superbus não deve ser concluída até 2020, data estipulada no cronograma inicial do projeto.

"Ano a ano vão ser melhoradas e ampliadas a questão do Superbus, mas eu creio que no momento existem questões tão importantes quanto essa. Nós vamos construir uma coisa que há muitos anos Londrina precisava, que é o Plano de Mobilidade Urbana, que vai definir de que maneira podemos melhorar o trânsito em Londrina e a mobilidade das pessoas e oferecer mais qualidade de vida", acrescentou o prefeito Marcelo Belinati.

"Quanto mais completo estiver esse sistema, melhor para o usuário porque torna o transporte mais rápido e mais confortável, então para nós é importante que haja todo esse conjunto pronto", disse o vice-presidente do grupo GBS, que administra a Londrisul, Estefano Boiko Júnior.

O gerente geral da TCGL, Gildalmo de Mendonça, cobrou da prefeitura a implantação de adequações já previstas no Plano Diretor para reduzir o tempo de viagem no transporte coletivo. "No começo de 2004, nós tínhamos uma velocidade comercial em torno de 23 a 24 km/h e hoje a média é de 9 km/h. Isso para o usuário é péssimo. A cidade precisa contribuir e ampliar as faixas exclusivas para ônibus e dar preferência para o transporte coletivo, que é o que vai descongestionar todo o trânsito da cidade."