A professora Karina Rezende e os alunos selecionados
A professora Karina Rezende e os alunos selecionados | Foto: Ricardo Chicarelli



Com experiência de 10 anos e seis em festivais nacionais, a escola Ballet Karina Rezende, de Londrina, é selecionada pela terceira vez consecutiva para o Concurso de Ballet VKIBC (Valentina Kozlova International Ballet Competition), na cidade de Nova York, nos EUA. Diferente dos anos anteriores, quando apenas uma bailarina foi selecionada para as etapas finais, neste ano, a escola conseguiu aprovar oito trabalhos que levarão 11 alunos entre 10 e 17 anos.

Na seletiva em Barueri, em São Paulo, a própria representante do concurso ficou responsável por avaliar as apresentações. Valentina Kozlova foi a primeira bailarina do Bolshoi, na Rússia, e a primeira do New York City Ballet, nos EUA. Ela instituiu o concurso internacional, buscando bailarinos em diversos países, oferecendo prêmios e contratações que se tornaram grande oportunidade de carreira.

Com um nome forte assim presente nas seletivas, a própria coordenadora da escola londrinense achou que não teria acesso à próxima etapa. "Quando iam soltar o resultado, eu coloquei todos no ônibus, fiz a reunião e falei brava: 'esquece! Não vai dar e eu não quero voltar para Londrina com todo mundo chorando'. Por ser a própria Valentina, eu não acreditava que a gente conseguiria", conta Karina Rezende, 39, reconhecendo o erro. Neste ano, não foi apenas uma, mas oito apresentações selecionadas. "Hoje eu acredito que eles estão preparados", acrescenta.

Tanto acredita que para conseguir recursos para a participação de um grupo tão grande promoveu espetáculo no Teatro Ouro Verde no mês de dezembro, revertendo o valor dos ingressos para ajudar nos custos com a viagem. "Participar de festivais é importante, não é só pela escola ser vista, às vezes nem mencionam a escola, mas é que lá estarão jurados do mundo todo que verão esses alunos e poderão dar oportunidade para eles, como bolsas e contratações. É isso que os bailarinos buscam", afirma.

Ao todo serão 175 escolas do mundo todo participando da competição, dessas, 10 são brasileiras e esta representando o Paraná. "Desde os 13 anos eu dou aula e quando abri a minha escola disse que seria nesse nível de qualidade", afirma. Para isso, criou um grupo de competição de 24 alunos e faz, no mínimo, três viagens a festivais nacionais por ano. Em 2019, está mais confiante para o concurso que está vindo. "Fomos duas vezes e lá são várias etapas, o nível é muito alto, mas hoje eu acredito estamos mais preparados", fala com entusiasmo.

Os selecionados para o concurso estão animados com a seletiva. São eles: Fathma Archello, 17, Rebeca de Rezende, 16, Manoela Soares, 16, Ariane da Silva, 16, Eduarda Tavares, 13, Ana Carolina Reche, 14, Beatriz Ribeiro, 11, Isabele Gentil, 13, Júlia Martini, 10, Luiza Delfino, 10, e Diogo Tomitão, 11.