Com cerca de 20 dias de atraso, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) renovou o contrato com as sete cooperativas que fazem a coleta seletiva em Londrina. Em outubro, a FOLHA mostrou que o vínculo havia vencido no dia 16, com as entidades continuando o serviço normalmente. O receio dos coletores era de que o valor dos dias atuando sem a formalização não fosse pago.

O novo contrato – que é uma prorrogação do anterior - é retroativo, ou seja, vale a partir do dia que o outro expirou. As cooperativas vão receber R$ 1,67 mensal por domicílio visitado mais R$ 0,44 de subsídio para locação do imóvel para armazenamento e triagem dos materiais, totalizando R$ 2,11. São R$ 0,09 a mais que o vínculo anterior. “O essencial não conseguimos, como o pagamento da insalubridade e o INSS completo”, lamentou Selma de Assis, presidente da Cooper Refum.

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As cooperativas reivindicam que o município pague 20% do INSS dos trabalhadores. Atualmente o poder público londrinense banca 11% e os 9% restantes são de responsabilidade das entidades, que têm reclamado do baixo preço dos materiais para venda, o que tem impacto no ganho dos trabalhadores. “Temos que estar cobrando sempre”, afirmou.

O contrato tem duração de seis meses, até abril do ano que vem. A Cooper Região receberá o maior repasse pelo período, totalizando R$ 1,7 milhão, seguida da Cooperoeste (R$ 594 mil), Coocepeve (R$ 447.017,82), Ecorecin (R$ 418 mil), Coopernorth (R$ 406 mil), Cooper Refum (R$ 391 mil) e Coopermudança (R$ 379 mil).

No início deste ano, o MP-PR (Ministério Público do Paraná) cobrou da CMTU, por meio de ofício, que as cooperativas ganhassem R$ 3,31 por imóvel, sendo R$ 2,66 para o custeio do serviço e R$ 0,65 de subsídio para locação do barracão, montante que vem sendo discutido, mas com o assunto ainda não pacificado entre os envolvidos.

REINCIDÊNCIA

O último contrato de longo prazo para a coleta de materiais recicláveis – que teve cinco anos vigência – venceu em outubro de 2022. Desde então, o serviço vem sendo renovado de seis em seis meses, o que também contraria as cooperativas. Foi a terceira vez em pouco mais de um ano, por exemplo, que as instituições fizeram o trabalho por algumas semanas sem um acordo assinado ou aditivado pela prefeitura.

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