Nova análise definirá trechos onde serão aplicadas as sobras dos recursos da primeira fase
Nova análise definirá trechos onde serão aplicadas as sobras dos recursos da primeira fase | Foto: Fábio Alcover



A primeira fase de pavimentação asfáltica de vias internas do campus da Universidade Estadual de Londrina já foi concluída. Os recursos são do Fundo Paraná e a empresa responsável pela obra é a Evento Construtora de Obras Ltda, vencedora da licitação, com contrato homologado em dezembro do ano passado. Os recursos seriam suficientes para a recuperação de 25 mil metros quadrados de pavimentação, mas até agora, segundo informações da empresa, foram executados 19 mil metros quadrados de recape em vários pontos da UEL. A extensão das vias da universidade fica entre 50 mil e 60 mil metros quadrados, ou seja, os recursos liberados em junho deste ano são insuficientes para refazer o recape de tudo isso. Há também outros 60 mil metros quadrados de áreas de estacionamentos que não estão sendo corrigidos agora também por falta de recursos.

Para quem trabalha no campus, a falta de manutenção do asfalto gerava preocupações. A auxiliar operacional do RU, Cristina Pereia da Silva, relata que antes dessas obras a situação estava bem feia. "Era ruim para chegar no trabalho. Estava bem complicado. Agora ficou muito bom e o trabalho está bem feito. Antes eu tinha medo que estragasse o carro e estacionava em outro lugar. Agora pavimentaram os pontos mais críticos, mas há ainda vários lugares no campus que ainda estão bem feios como nas proximidades da quadra de esportes e também nas proximidades da creche do Aplicação", aponta.

Outro espaço que ainda não foi recuperado é o estacionamento dos centros de Ciências Humanas (CCH); de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) e de Educação, Comunicação e Artes (Ceca). O local está bastante degradado, com vários buracos, alguns com mais de um metro de extensão. O servidor público Hugo Seiti Ogido, por exemplo, foi abordado nesse local e relatou que o asfalto está bem ruim. "Este estacionamento está com vários buracos no asfalto. O caminho também está horrível no trecho onde o ônibus passa. Eu acho que isso complica para os frequentadores daqui", reclama. Segundo Ogido, o serviço de recape tinha de ser mais completo e com mais qualidade para que o piso dure mais. "Ele não pode ser um simples tapa buraco."

A estudante de Engenharia Civil, Aline Yamaguchi, destacou que um dos fatores que contribuiu para a degradação das pistas de rolamento da UEL foi a reforma da PR-445. "O trânsito foi desviado para dentro do campus e piorou ainda mais o fluxo para vias que não foram projetadas para absorver tantos veículos", destaca. Ela conta que não pôde acompanhar as obras, que começaram antes das férias, mas destaca que o que foi realizado até agora está bem satisfatório. Ela relata que sua turma chegou a realizar trabalhos para analisar os horários de maior fluxo e quais os acessos eram mais utilizados. "Os horários mais utilizados eram os que antecediam as aulas e as rotas com mais fluxo ficam na entrada do ambulatório do Hospital de Clínicas e a entrada do Ceca", aponta.

O prefeito do campus da UEL, Dari de Oliveira Toginho Filho relata que os R$ 1,2 milhão para revitalização de pontos da malha asfáltica do campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foram liberados para cinco pontos. "Esses pontos mais críticos e que já foram recuperados ficam na região da Prograd (Pró-Reitoria de Graduação), no espaço ao lado do CCB (Centro de Ciências Biológicas), avenida das Palmeiras, na rotatória que dá acesso a Castelo Branco e no acesso aos postos bancários (perto da Biblioteca Central)", explica.

Segundo ele, a avaliação para conseguir os recursos foi realizada entre 2012 e 2013 e não possibilitava assegurar com certeza qual a profundidade do dano no pavimento para saber a quantidade de material necessária para fazer essa recuperação. "Nesse meio tempo outros setores tiveram avanço da degradação, como nas proximidades do RU (restaurante universitário), perto da creche e perto do Ceca. Há também pontos degradados dentro de estacionamentos, mas o cobertor é curto. Não temos condições de recuperar tudo." Ainda segundo o prefeito do campus, após a conclusão dessa primeira etapa de obras está sendo avaliado o conjunto do que também precisa ser recuperado, o que sobrou de recursos e onde será aplicado.

Questionado sobre o quanto ainda pode ser recuperado com os recursos disponíveis, Toginho Filho estima que as sobras possam chegar a 25% dos recursos, entretanto, ainda não tem esses dados com precisão. "É preciso finalizar a avaliação. A recuperação é feita conforme o grau de degradação da via e há determinados setores que será preciso retirar a capa asfáltica, em outros apenas corrigir imperfeições para depois fazer o recape. Na primeira fase o prefeito revela que "o gasto foi um pouco menor do que tínhamos programado".