Cascavel - O aniversário do campus mais antigo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) foi celebrado na terça-feira, com o fechamento da Cápsula do Tempo, projeto idealizado pelo professor Vilmar Malacarne, do Grupo de Pesquisa de Formação de Professores de Ciência e Matemática. "Aqui, além de guardar objetos, pensamos em guardar sonhos de pessoas. Para isso, as pessoas que foram convidadas tinham a absoluta liberdade para colocar o que quisessem dentro da caixa", explicou.

E esses sonhos só devem ser revelados daqui a 56 anos. No ano de 2072, a Cápsula do Tempo deve marcar o centenário do campus, que foi a primeira instituição de ensino superior do Oeste do Paraná. Para o diretor do campus, Alexandre Webber, o presente não foi apenas para a instituição. "É algo para o futuro. É algo que as pessoas colocam suas expectativas e esperanças", disse.

A caixa onde estão os objetos possui um metro cúbico e fica no canteiro central do Campus. Ela é protegida por várias camadas de materiais para impedir qualquer tipo de contaminação. Dentro dela, estão oito caixas em formato de arquivo com os materiais que foram entregues por servidores, professores e acadêmicos, além de estudantes de duas escolas municipais de Cascavel.

O local onde ela está já é um espaço de visitação do campus. Por isso, um dos objetivos do projeto é também fazer com que a comunidade que frequente o local pense na ciência e como o tempo influencia a vida das pessoas. "Se as pessoas imaginarem o que há lá, estarão dando o passo mais importante para se fazer ciência, que é imaginar coisas. Quando a gente consegue imaginar coisas, talvez a gente também consiga fazer essas pessoas olharem a educação com um olhar um pouco diferente. E isso é que vai ter valido a pena", afirmou o professor.