A psicomotricidade relacional, segundo José Leopoldo Vieira, é uma metodologia que atende as demandas tanto da criança que está bem e quer melhorar, quanto das crianças que têm uma certa dificuldade de aprendizagem, que estão lidando com dificuldades em relação aos limites.
Vieira é diretor do Centro Internacional de Análise Relacional e coordena o Curso de Pós-Graduação em Psicomotricidade Relacional do Ciar/FAP, em Curitiba. Segundo o especialista, as sessões são feitas através do lúdico, ou seja, com brincadeiras. O terapeuta não intervém durante o processo, e participam da mesma sessão até oito crianças.
Vieira lembra que é importante que a terapia seja aplicada em crianças de até três anos de idade. ''Segundo vários estudos psicanalíticos, já é comprovado que a estrutura da personalidade se dá até essa idade. Depois ela continua se estruturando, mas de forma muito mais rígida'', explica. Ele ressalta que hoje já se pode trabalhar com sucesso em crianças até cinco anos de idade.
''Para as crianças em idade escolar, o trabalho envolvendo a psicomotricidade relacional motiva o professor, que por sua vez estará mais apto a comunicar-se com o aluno'', explica o especialista.
A mesma técnica pode ser usada também com adultos, a diferença está no número de pessoas no grupo, até 25. ''O objetivo dessa metodologia é sair um pouco da realidade e reencontrar o princípio do prazer, que fica na base das relações primárias. Você vai se reportar a lembranças parentais, quando era criança, era o centro das atenções, quando se podia praticamente tudo, se sentia protegido, desejado, amado, cuidado'', explica. (E.G.)